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Sorocaba não terá flexibilização da fase vermelha antes do dia 7

28 de Janeiro de 2021 às 08:40
Jomar Bellini [email protected]

Região Administrativa demite 4,8 mil em maio Na fase vermelha, estabelecimentos considerados não essenciais, a exemplo do comércio, não podem abrir. Crédito da foto: Vinícius Fonseca (10/7/2020)

A esperada reclassificação da região de Sorocaba da fase vermelha para a fase laranja não vai acontecer nesta semana. O anúncio da atualização do Plano São Paulo está previsto apenas para o dia 5 de fevereiro, entrando em vigor no dia 8. A informação foi confirmada pelo secretário de Desenvolvimento Regional do Estado de São Paulo, Marco Vinholi, em entrevista ao Jornal da Cruzeiro, da rádio Cruzeiro FM 92,3 na manhã desta quinta-feira (28). Ouça a entrevista completa aqui.

A possibilidade de um adiantamento na reclassificação da região foi anunciada pelo prefeito Rodrigo Manga (Republicanos) durante coletiva de imprensa na segunda-feira (25), após uma reunião em São Paulo com Vinholi. Segundo Manga, o governo estadual poderia fazer a reavaliação na quarta-feira (27) ou na sexta-feira (29). No mesmo dia, o secretário já havia negado a antecipação de mudanças durante reunião com prefeitos da Região Metropolitana de Sorocaba (RMS).

"Janeiro é o mês que tem mais casos em toda a pandemia, superando agosto do ano passado. Todos observaram a crescente dos números na região de Sorocaba, por isso toda atenção e preocupação. Sabemos como é a sequência: se nessa semana existe alta de casos, podemos ter um aumento de internações na semana que vem", afirmou Vinholi nesta quinta-feira (28).

Durante a entrevista, o secretário não confirmou o avanço de Sorocaba para a fase laranja, menos restritiva para o comércio considerado não essencial. Ele, porém, citou ações que estão sendo tomadas para aumentar o número de leitos em Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Junto com a estabilidade de casos, a taxa de ocupação em UTI é um dos principais índices analisados pelo Centro de Contingência do Estado para classificar as cidades no Plano São Paulo.

"A região tem uma mobilização com prefeitos e deputados envolvidos para que possa acontecer o avanço. Se tivermos estabilidade, o Centro de Contingência vai fazer essa avaliação. O número de ocupação caiu e a região está sendo monitorada. A boa notícia é que a região tem uma segurança maior com relação aos leitos. Vamos fazer o que for seguro", disse.

Além do já anunciado aumento de 10 leitos em UTI previsto para o Hospital Estadual Adib Domingos Jatene, o secretário também afirmou que conversa com municípios da região para oferecer novas vagas em cidades como Capão Bonito, Itu e Votorantim. "A visão regional é fundamental. Estamos a todo momento dividindo responsabilidades e trabalhando em conjunto com os municípios. Todo esse trabalho está sendo feito, mas evidente que Sorocaba é a grande sede e que tem os principais equipamentos de Saúde da região".

Também há a expectativa da abertura do centro de estabilização que funcionará ao lado da UPH Zona Leste, na Vila Hortência - pactuados entre município e Estado. A unidade terá 40 leitos Covid, sendo dez de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e 30 de enfermaria, conforme anunciado por Manga.

Vinholi evitou fazer críticas ao prefeito Rodrigo Manga ao ser questionado sobre a posição dele na entrevista coletiva de segunda-feira (25). "Eu acho que precisa deixar claro a situação e como as mudanças acontecem. Primeiro passo para ter segurança em saúde e diminuição de restrições é ter mais leitos em UTI. O trabalho está sendo feito. Pactuamos mais leitos, justamente esse é o fator. O prefeito está buscando e todos querem ter menos restrições. É o papel do gestor dar segurança na saúde e no paralelo a isso buscar essa reclassificação. O estado olha tecnicamente esses dados e a estabilidade. Cada um dentro da sua responsabilidade", respondeu.

Em nota, a prefeitura informou nesta quinta-feira (28) que está em diálogo constante com o secretário Vinholi e, por telefone, ele teria dito ao prefeito que nesta quinta-feira (28), às 14h, haverá uma reunião sobre o tema. "Sorocaba irá aguardar e, se não retroceder de fase diante dos dados técnicos apresentados, irá avaliar que medida tomar", conclui a nota. (Jomar Bellini)