Buscar no Cruzeiro

Buscar

Sorocaba tem 40% menos respiradores do que o estimado pelo MS

08 de Abril de 2020 às 11:51
Marcel Scinocca [email protected]

Watanabe também explicou no decorrer da apresentação, que são três tipos de respiradores. Crédito da foto: Guillaume Souvant / AFP

O número de respiradores em Sorocaba é 40% menor que o informado pelo Ministério da Saúde (MS), que afirma ter um total de 409 aparelhos na cidade. O secretário municipal da Saúde, Ademir Watanabe, afirma que o município tem, de fato, 260 equipamentos.

A informação foi divulgada nesta terça-feira (7), durante a apresentação das medidas econômicas da Prefeitura de Sorocaba para o enfrentamento do coronavírus na cidade, que ocorreu na Câmara de Sorocaba.

Conforme o Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES), a cidade possui 409 respiradores. Desse total, 405 estariam em uso em 25 de março, quando foi realizado um levantamento pelo Jornal Cruzeiro do Sul. Para a rede pública de saúde, conforme o levantamento, são 332 unidades, sendo que dessas, 328 estariam em uso.

Entretanto, conforme o secretário Ademir Watanabe, são apenas 260 equipamentos na cidade. “A informação que a gente tem é que são 260 respiradores”, afirma Watanabe. Conforme ele, são 150 na rede pública e outros 110 na rede privada. “Esse é o número que nós temos, que nós trabalhamos”, acrescenta.

Watanabe também explicou no decorrer da apresentação, que são três tipos de respiradores. O primeiro é o usado em centro cirúrgico. O segundo é o respirador de transporte. Há ainda o terceiro, chamado de respirador de leito.

“É mais grave do que penso. Nós não temos os 409 respiradores em Sorocaba”, afirma Fernando Brum, chefe do comitê gestor de crise contra o coronavírus. Conforme ele, quando pode ocorrer nos leitos no Mistério da Saúde,

de serem inclusos o carrinho de anestesia, que não são respiradores, de fato, “A questão dos respiradores pode se tornar mais grave, não só para Sorocaba, mas todo o mundo”, afirma.

Os aparelhos

Os respiradores mecânicos são máquinas que ajudam os pulmões a inspirar e expirar quando o paciente não tem a capacidade de operar seu sistema respiratório naturalmente. A estimativa é de que cerca de 5% dos pacientes infectados pelo novo coronavírus que necessitem de cuidados médicos precisem de internação em Unidades de Terapia Intensiva (UTI), com respiradores. São os casos mais graves.

Conforme a SES, a cidade possui 20 leitos de UTI exclusivos para tratamento da Covid-19, a doença do novo coronavírus. Seria uma das maiores estruturados do interior de São Paulo.