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Cerca de 2,7 mil poderão precisar de UTI durante a pandemia em Sorocaba

08 de Abril de 2020 às 10:42
Marcel Scinocca [email protected]

não há informações de quanto tempo os pacientes vítimas de covid-19 ocupam em média os leitos de UTI. Crédito da foto: Erick Pinheiro (15/7/2019)

Durante o período de pandemia de coronavírus em Sorocaba, cerca de 2.700 pessoas poderão precisar de UTI na rede municipal de saúde. A projeção é da Secretaria de Saúde (SES). Conforme o titular da pasta, Ademir Watanabe, 544 mil pessoas poderão ser infectadas no período em que durar a pandemia na cidade. O número corresponde a 80% da população.

Em torno de 50% desse montante, conforme ele, é considerado como “SUS dependente”. Ou seja, são 272 mil pessoas na cidade. Desse total, a expectativa é de que 20%, ou seja, 54.400 pacientes, precisem de assistência médica, sendo que 5% serão pacientes graves, que vão precisar de Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Nesse

caso, conforme a projeção da SES, são 2.720 pessoas.

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Ainda dentro dessa projeção, 8.160 pessoas estarão entre os pacientes considerados “leves” ou “moderados”. Atualmente, a cidade conta 26 casos confirmados.

Watanabe é enfático ao ressaltar. “Tudo isso é estatística.” Mas ele lembra que essa situação não ocorrerá de uma só vez, mas no curso do problema. “Isso tudo na ‘epidemia’. Não durante um dia ou uma semana. De forma alguma. Estouraria qualquer assistência médica. Isso que precisa ficar claro. Ou então vão pensar que vamos de precisar de cinco mil respiradores. De forma alguma.”

A SES não tem uma estimativa de quanto tempo durará a pandemia. Também não há informações de quanto tempo os pacientes vítimas de covid-19 ocupam em média os leitos de UTI.

O secretário de Saúde de Sorocaba, Ademir Watanabe. Crédito da foto: Fábio Rogério (26/2/2020)

Classes

Watanabe também comentou sobre a chegada dos vírus nas periferias da cidade. “Claro que vai chegar [nas periferias]”, avalia. “Até que haja uma disseminação local, os casos autóctones, que nós chamamos, demanda um tempo. Claro que as primeiras classes atingidas foram A e B. Mas agora vai ser disseminada para C, D, e E e todo

mundo”, projeta.

Mais uma vez, ao ser questionado se é isso que assusta, Watanabe é enfático. “Exatamente. C, D e E dependem de nós, do SUS”, afirma.

O secretário tem defendido o isolamento social desde os primeiros momentos em que se fala do coronavírus em Sorocaba. “É por isso que essa curva não está tão gritante assim, como em muitos outros municípios. Essa projeção

vai depender do isolamento. Caso contrário, aí, sim, vem o tal do colapso.”