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Redução do número de assessores na Câmara de Sorocaba será tratada amanhã no TCE

16 de Dezembro de 2019 às 16:11
Ana Claudia Martins [email protected]

Redução do número de assessores na Câmara de Sorocaba será tratara amanhã no TCE Vereadores de Sorocaba durante sessão na Câmara Municipal. Crédito da foto: Emídio Marques (22/8/2019)

Representantes da Câmara de Sorocaba terão uma reunião nesta terça-feira (17) no Tribunal de Contas do Estado (TCE-SP). O objetivo será tratar da questão da determinação, do próprio órgão ao Legislativo sorocabano, para reduzir o número atual de assessores comissionados.

A informação é do presidente da Câmara de Sorocaba, Fernando Dini (MDB), que participará da reunião. Na semana passada, ele havia determinado aos vereadores que, em cumprimento à determinação do Tribunal, cada parlamentar deveria indicar o nome de um assessor do gabinete de cada um, em 24 horas. Caso não houvesse a indicação, as exonerações seriam feitas pela própria presidência da Casa.

De acordo com os próprios vereadores, atualmente a Câmara de Sorocaba tem 112 funcionários comissionados e 108 concursados. Tal decisão gerou protestos entre os parlamentares, que se recusaram a indicar nomes e questionaram o posicionamento do presidente Dini, que alegou ser orientação da Secretaria Jurídica da Câmara de Sorocaba, em relação ao cumprimento da decisão do TCE.

Repercussão

Nesta segunda-feira (16), após a repercussão negativa da questão entre os demais vereadores, Fernando Dini mudou o tom e disse que nenhuma decisão será tomada, antes da reunião com o TCE. Segundo o presidente da Câmara, a ida até o Tribunal é para que o órgão aponte um número de quantos assessores comissionados precisam ser reduzidos em relação ao atual quadro de pessoal do Legislativo sorocabano.

CPI da Saúde contrata auditoria para acompanhar trabalhos Câmara Municipal de Sorocaba. Crédito da foto: Emidio Marques / Arquivo JCS (24/8/2017)

Porém, Dini afirma que a determinação do Tribunal de Contas precisa ser cumprida. “O que nós vamos fazer é apenas mostrar o nosso pontos de vista entre a relação de cargos comissionados e os cargos de carreira. Então, nós queremos uma determinação pelo menos, que o TCE nos mostre em qual seria em números essa equação para que a gente possa ter essa regularidade entre os cargos comissionados e os de carreira”, diz.

Sobre a pressão que os demais vereadores fizeram em relação à forma como a determinação do TCE deverá ser cumprida pela Câmara de Sorocaba, Dini disse ainda que o posicionamento dos colegas mostra a preocupação que a Presidência também tem. “Ninguém quer demitir ninguém. E eu acredito que cinco assessores parlamentares por gabinete ainda é pouco pelo tamanho da cidade. Então, eu sou a favor de cinco assessores por gabinete”, diz.

Entendimento do Tribunal

Fernando Dini ressalta que a Câmara Municipal de Sorocaba precisa ter o entendimento do Tribunal de Contas no sentido de apontar o número exato de assessores que deverão ser exonerados. “Não tem problema, nós tiramos da estrutura da Casa e poupamos os vereadores. O que a gente não pode deixar é de atender uma recomendação legal que pode implicar inclusive na rejeição de contas da Presidência”, disse.

Até sexta-feira (13), apenas o vereador Renan Santos (PCdoB) havia oficialmente indicado o nome de um assessor do gabinete dele. Já os demais vereadores também pretendiam ir até a sede do TCE em São Paulo para discutir a questão caso a presidência da Câmara mantivesse a decisão de exonerar um assessor por gabinete.

Os parlamentares alegaram que somente o presidente tem 13 assessores comissionados. Por isso, eles não concordaram com a ideia de reduzir um assessor por gabinete, totalizando 20 pessoas. (Ana Cláudia Martins)

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