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Moradores de Santa Rosália realizam abaixo-assinado contra rodoviária no bairro
Documento que deverá entregue ao prefeito Rodrigo Manga já conta com mais de 300 assinaturas
Moradores de Santa Rosália e pelo menos outros dois bairros nas imediações lançaram um abaixo-assinado, em forma de uma petição online, contra a construção do novo terminal rodoviário de Sorocaba em um terreno na avenida Dom Aguirre. A Prefeitura de Sorocaba está com estudos em andamento que apontam o local, nas proximidades da rodovia Senador José Ermírio de Moraes, a Castelinho (SP-75), como uma das possibilidades para a nova rodoviária.
O documento está disponível na plataforma Avaaz. O texto apresentando a situação diz que os moradores do bairro Santa Rosália, Vila Progresso, Vila Porcel e imediações são contra a implantação do Novo Terminal Rodoviário de Sorocaba, “por entender que o bairro ainda é em sua maioria residencial e que trará a quebra da paz, segurança e sossego que um bairro residencial deve possuir para a qualidade de vida de seus moradores em questão”.
Até as 11h15, 307 pessoas já haviam assinado o documento. A meta é 500 assinatura. Após a conclusão, a petição será entregue ao prefeito Rodrigo Manga (Republicanos), que foi quem anunciou a possibilidade de nova rodoviária no local, no início da semana.
Na terça-feira (17), moradores do bairro realizaram uma reunião para tratar do tema. A realização do abaixo-assinado foi uma das definições sobre as ações que seriam realizadas. Outra medida, foi a formação de uma comissão para tratar do assunto com Executivo. Ainda está prevista a realização de uma passeata no bairro.
Durante a reunião, o secretário de Mobilidade e Desenvolvimento Estratégico da Prefeitura de Sorocaba, Carlos Eduardo Paschoini, amenizou a situação. “Se a comunidade não quiser, a gente vai buscar outro caminho. O fato é que Sorocaba precisa de uma rodoviária nova”, afirma. “Não vai começar amanhã. É um estudo de viabilidade. Não há projeto executivo”, garantiu na ocasião.
Urbanistas se manifestam
A edição do Cruzeiro do Sul desta sexta-feira (20) trouxe as observações de dois especialistas em urbanismo, que discordam da nova rodoviária no local. No texto. Sandra Lanças e Marcelo Augusto Paiva Pereira destacam os pontos negativos e sugerem outros pontos para o empreendimento. “A decisão não é ideal, porque o terreno escolhido para a obra encontra-se inserido em área urbana consolidada, predominantemente residencial, acrescida de áreas tombadas pelo Conselho Municipal de Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico, Arquitetônico, Turístico e Paisagístico de Sorocaba (CMDP)”, justifica Paiva Pereira.
“Minha opinião é que a nova rodoviária não deveria estar localizada na ponta da cabeceira da Castelinho, na área proposta da Santa Rosália. A população do bairro não quer a instalação da nova rodoviária lá. Já não queria há décadas atrás por motivos óbvios, de que vai alterar ainda mais a dinâmica do bairro residencial, e com grande chance de maior degradação do ambiente urbano local, e sem grandes benefícios para a maior parte da população sorocabana que precisa pegar um ônibus rodoviário para viajar, pois precisaria se deslocar muito mais, e por ônibus municipais para chegar lá”, opina Sandra. (Marcel Scinocca)