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Menina que caiu de prédio em Sorocaba já conversa com a família

12 de Fevereiro de 2019 às 12:58

Tela de proteção da sacada foi cortada. Crédito da foto: Fábio Rogério (7/2/2019)

A menina de 8 anos que caiu do quarto andar de um prédio no Parque Três Meninos, em Sorocaba, na madrugada da última quinta-feira (7), não está mais sedada. Ela encontra-se consciente e conversando com o pai enquanto permanece acordada.

Apesar da boa evolução do quadro clínico, a garota continua internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Conjunto Hospitalar de Sorocaba (CHS) por ter passado por cirurgia. As informações são do advogado do pai e da madrasta da criança, Cassiano Moreira Cassiano, que não soube precisar se a operação foi no fêmur ou tornozelos. Ele acredita que a jovem deverá ter alta já na próxima semana.

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De acordo com Cassiano, a recuperação é boa e a menina não tem sentido tantas dores quanto anteriormente. “Ela tem dormido bem, conversa bastante com o pai e pergunta da madrasta pois se dá muito bem com ela”, comenta. A queda, tratada preliminarmente como acidental em inquérito policial instaurado pela Polícia Civil, ainda não tem sido assunto das conversas, segundo o advogado. “O pai ainda não perguntou nada e nem ela falou sobre isso. O pai não quer forçá-la a comentar isso por enquanto”, afirma. Conforme o profissional, a principal preocupação da garota era sobre possíveis sequelas na cabeça. “Mas isso já foi descartado, ela fez uma tomografia que não apontou essa possibilidade.”

O advogado informa que o pai é quem mais tem ficado na companhia da filha na UTI. A madrasta, diz ele, ainda não visitou a criança por não ser responsável direta pela criança, o não permitiria a presença na unidade. A mãe biológica, que mora em São Paulo, tem comparecido sempre que possível, conforme o apurado.

Inquérito e indícios

A menina caiu do quarto andar do prédio. Crédito da foto: Giuliano Bonamim (7/2/2019)

Nesta segunda-feira (11), a Polícia Civil informou que digitais da menina foram encontradas no parapeito da sacada. A prova colaboraria com os indícios de que a queda tenha sido acidental. O delegado Mário Ayres, do 2º DP, que comanda a investigação, ouviria ainda uma outra testemunha do caso. Tratava-se de uma moradora do prédio que teria escutado a queda e sido a primeira pessoa a chegar no local.

O inquérito policial por queda acidental e abandono de incapaz foi instaurado na última semana. O laudo do Instituto de Criminalística (IC) deve ser finalizado até o final de fevereiro e, certamente, contribuirá para a conclusão das investigações. Na última sexta-feira (8), porém, Ayres afirmou que não há pressão para concluir rapidamente as investigações, citando o tempo de experiência e dizendo que “vou dar a resposta no meu tempo, esse é meu método de trabalho”.

Há possibilidade de que a menina seja ouvida quando se recuperar plenamente. Esse depoimento, entretanto, só poderia ocorrer uma única vez e em local adequado, atendendo a legislação específica que prevê situações semelhantes envolvendo crianças. (Esdras Felipe Pereira)