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Resolução

Homem que esfaqueou duas mulheres em Itu é condenado a 48 anos de prisão

O crime aconteceu em 2021; João Honório cumprirá a pena inicialmente em regime fechado

26 de Setembro de 2024 às 19:33
Thaís Marcolino [email protected]
Crime aconteceu no Jardim Alberto Gomes, em Itu
Crime aconteceu no Jardim Alberto Gomes, em Itu (Crédito: Rick Caetano)

O homem que esfaqueou e matou uma mulher e violentou outra, em Itu, em dezembro de 2021 foi condenado a 48 anos de prisão, inicialmente em regime fechado. A sentença foi publicada na quarta-feira (25) pelo Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJ-SP) e assinada pelo juiz Hélio Villaça Furukawa.

Conforme o documento, João Carlos de Almeida Honório foi submetido ao Tribunal do Júri de Itu, que reconheceu a prática do homicídio consumado e da tentativa de homicídio, acolhendo-se todas as qualificadoras, bem como o crime de estupro. Os votantes afastaram as teses de inimputabilidade e semi-imputabilidade, ou seja, o ato não foi cometido sob problemas psicológicos.

Diante disso, o juiz atribuiu a sentença de 48 anos, resultando em 24 anos pelo homicídio consumado de uma das vítimas, 16 anos pela tentativa de homicídio de outra envolvida e mais oito anos pelo estupro da mesma.

"As penas-base serão aplicadas no máximo, em razão da personalidade absolutamente deturpada do agente, por se tratarem de quatro qualificadoras, pela intensa crueldade demonstrada e por ter o réu envolvimento com diversos outros delitos, bem como apontamentos na Vara da Infância e Juventude. Todas as circunstâncias judiciais são desfavoráveis ao agente", cita um trecho do documento. O juiz também explica na sentença que a pena foi reduzida em um quinto a pena "por ser o réu menor de 21 anos na data dos fatos".

O magistrado, por sua vez, negou a hipótese da defesa recorrer em liberdade, visto que os crimes se caracterizam como gravíssimos, hediondos e praticados com intensa crueldade e absoluta reprovabilidade. João Carlos permanece na penitenciária em que já está desde a prisão em flagrante, em 2021.

A reportagem não encontrou o contato com a defesa do condenado.