Uma mulher, de 26 anos, foi presa durante a operação 'Branca de Neve', em Sorocaba, na última sexta-feira (8). De acordo com investigações da Delegacia de Homicídios da Divisão Especializada de Investigações Criminais (Deic), a mulher é considerada uma das principais executoras do chamado 'tribunal do crime' na cidade. 

De acordo com a Deic, a operação tinha objetivo de desmantelar uma organização criminosa especializada na prática de diversos delitos, principalmente relacionados com crimes contra a vida, ocorridos na cidade.

Durante a operação, foram cumpridos 14 mandados de busca e apreensão e nove mandados de prisão. A operação foi batizada com o codinome utilizado pela mulher presa na operação.

A ação resultou na apreensão de diversos materiais como roupas e aparelhos celulares, que permitiram identificar os indivíduos que participaram deste julgamento, além da prisão dos nove indivíduos ligados diretamente a esta prática criminosa.

O 'tribunal do crime' é o julgamento paralelo realizado pelos criminosos, onde são analisadas as condutas dos indivíduos que infringem a 'ética criminosa', ou seja, delatores, traidores, estupradores, entre outros. Dependendo do veredicto, são aplicadas punições que variam de agressões até a morte.

Após a prática desses 'tribunais', em que a pena decretada resultar em morte, os membros da organização enterram suas vítimas em cemitérios clandestinos. Esses locais foram comprovados na operação da Deic Sorocaba batizada como 'Thanatos'.

As investigações tiveram início em outubro de 2021, quando os policiais civis já haviam apurado a participação de alguns dos suspeitos em outros homicídios na cidade. Assim, foi desencadeada a operação denominada 'Thanatos', em que diversos indivíduos foram presos e descoberto um cemitério clandestino na zona norte da cidade. Pelo local, ao menos 14 corpos de vítimas foram localizados em novembro de 2021.