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3 anos depois

Suspeitos pela morte de Vitória Gabrielly vão a júri hoje em São Roque

O pedreiro Bruno Oliveira e a esposa Mayara Abrantes, estão sendo ouvidos

08 de Novembro de 2021 às 11:20
Kally Momesso [email protected]
Júri será realizado no Fórum de São Roque. Crédito da Foto: Pedro Negrão (21/8/2015)
Júri será realizado no Fórum de São Roque (Crédito: Pedro Negrão (21/8/2015))

O pedreiro Bruno Oliveira, de 35 anos, e a esposa Mayara Abrantes, 26 anos, estão sendo ouvidos no segundo júri do caso de Vitória Gabrielly Guimarães Vaz. Eles são acusados de participação no assassinato da menina. O júri se iniciou nesta segunda-feira (8), no Fórum de São Roque. 

Vitória Gabrielly Guimarães Vaz, de 12 anos, foi morta em 8 de junho de 2018, em Araçariguama, na Região Metropolitana de Sorocaba (RMS). O corpo da menina, que até estava desaparecida, foi encontrado somente oito dias depois, em 16 de junho. Vitória estava em uma área de mata do município.

O julgamento que acontece hoje ocorre sem a participação do público. O pai de Vitória Gabrielly publicou nas redes sociais a sua indignação por não poder assistir ao julgamento. 

O primeiro julgamento

Júlio Cesar Ergesse, réu acusado de participação no assassinato da jovem Vitória Gabrielly, foi condenado a 34 anos de prisão. Ele foi julgado por júri popular no dia 21 de outubro de 2019, em São Roque.

Ele foi condenado a 18 anos de prisão por homicídio, um ano e seis meses por ocultação de cadáver e três anos por sequestro. A pena foi aumentada para 34 anos no total porque o crime foi cometido com motivo torpe e meio cruel, agravado pela impossibilidade de defesa da vítima.

Uma das quatro testemunhas de acusação disse que o assassinato da adolescente se tratou de uma “queima de arquivo”. A afirmação está relacionada com a linha de investigação de que a adolescente de 12 anos teria sido morta por engano.

Vitória teria sido confundida por Júlio e o casal Bruno Marcel de Oliveira e Mayara Borges de Abrantes, com outra pessoa. Eles teriam sido mandados para cobrar uma dívida de drogas.

Júlio Ergesse chegou ao Fórum de São Roque sob escolta policial - Emídio Marques
Júlio Ergesse chegou ao Fórum de São Roque sob escolta policial (crédito: Emídio Marques)

No primeiro depoimento, dado por um amigo de Júlio, a testemunha disse que quando foi procurada pelo acusado ele estava muito alterado e que precisou “dar água com açúcar para ele”. Após saber da morte da garota, ele teria ido até o batalhão da Polícia Militar de Mairinque para denunciar o crime.

Outra situação apontada durante o júri, seriam supostas agressões por parte de policiais quando o trio foi preso e encaminhado para a delegacia. Essas agressões teriam sido descartadas após exames de corpo de delito feitos por peritos.

Uma das testemunhas presenciou o momento em que Vitória entrou no carro com os acusados. Ele teria visto uma tatuagem no braço de um dos envolvidos. Durante a sessão, o juiz solicitou que a testemunha avaliasse a tatuagem do réu, porém ela não conseguiu se lembrar exatamente do desenho que viu.

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Audiência

Em 26 de fevereiro de 2019, o trio foi convocado para a terceira audiência do caso no fórum de São Roque. Entretanto, Bruno e Júlio não compareceram, quando foi marcada uma nova data para serem ouvidos, em 15 de abril. A audiência durou meia hora e somente a ré Mayara Borges de Abrantes esteve presente, tendo sido interrogada.

No dia 22 de maio de 2019, a Polícia Civil prendeu o quarto suspeito de envolvimento na morte da estudante. Odilan Alves, de 35 anos, é apontado como comandante do tráfico na região e teria mandado sequestrar a irmã de um usuário de drogas que devia R$ 7 mil ao traficante.

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Relembre o caso

Vitória Gabrielly Guimarães Vaz saiu de casa, em Araçaiguama, no dia 8 de junho de 2018 para ir a um ginásio de esportes andar de patins com uma amiga da escola, que acabou desistindo do passeio. Imagens de câmera de segurança captaram o momento em que ela parou na esquina da escola onde estudava, que fica no caminho para o ginásio.

Segundo a polícia, testemunhas contaram que a menina foi abordada por um homem que estava em um carro preto, assim que chegou ao ginásio. Entretanto, elas não viram se Vitória entrou no veículo. O carro descrito pelas testemunhas também foi apreendido e passou por perícia, mas nada foi achado nele. O dono do veículo também foi ouvido e liberado.

O caso ganhou notoriedade pelo fato de se tratar de uma menina que, ao ser confundida com a irmã de um rapaz com dívidas de drogas, teria sido sequestrada pelos três acusados que a agrediram por horas. Após perceberem que o caso havia tomado grandes proporções, eles a assassinaram.

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