Jaqueline Coutinho vai à Câmara para falar sobre a Saúde em Sorocaba
Jaqueline Coutinho conversa com o vereador Francisco Martinez no plenário da Câmara de Sorocaba. Crédito da foto: Marcel Scinocca (07/11/2019)
A prefeita Jaqueline Coutinho (PDT) participou na manhã desta quinta-feira (7) da sessão da Câmara de Sorocaba. O assunto é a carta do gestor da Santa Casa aos vereadores relatando atraso de repasses de verbas.
A chefe do Executivo esteve na Casa com uma comitiva de secretários. A lista inclui Ademir Watanabe (Saúde), Flávio Chaves (Relações Institucionais e Metropolitanas), Marcelo Regalado (Fazenda) e Djalma Luiz Benetti (Comunicação e Eventos).
Orçamento
Jaqueline Coutinho abriu o discurso falando do orçamento. Segundo a prefeita, em 2019 estavam previstos R$ 588 milhões, mas já foram executados mais de R$ 630 milhões.
Segundo a prefeita, restam mais de R$ 100 milhões para serem executados até dezembro. “Estamos honrando nossos pagamentos dentro das nossas possibilidades”, disse.
O valor repassado à Santa Casa, de acordo com ela, é o maior dentro dos prestadores de serviço. O valor passa de R$ 7 milhões por mês.
Essas contas estão sendo quitadas com o que entra diariamente no caixa da Prefeitura, comenta Jaqueline Coutinho. “Entrou no caixa, o secretário da Fazenda faz o pagamento”, garante. Ele também disse não haver preferência nos pagamentos e que é respeitada a sequência de pagamento.
Atraso
Ao deixar a Câmara, a prefeita falou com a imprensa. Ela voltou a falar sobre a possibilidade de realizar uma reforma administrativa, cortando secretarias.
Questionada pelo Cruzeiro do Sul sobre a possibilidade de enviar recursos financeiros à Santa Casa para amenizar o atraso, a chefe do Executivo foi enfática. "É possível repassar dentro daquilo que é possível. Não podemos burlar o cronograma de pagamentos", lembra.
Câmara quer explicações
A Câmara de Sorocaba quer explicações sobre a relação financeira entre a Prefeitura e a Santa Casa. A informação é do presidente da Casa, vereador Fernando Dini (MDB).
Segundo Dini, a Câmara de Sorocaba precisa saber qual é a real situação. “Até então, essas notícias a gente só tem pelos gestores. Não há algo oficial da Prefeitura sobre esse assunto. Precisamos saber realmente o que está acontecendo”, diz o presidente. “Sem o Legislativo saber o que está acontecendo, fica difícil a gente ter consciência para poder ajudar”, disse.
Dini também afirmou que secretários municipais poderão ser chamados para explicar a situação, incluindo os da Saúde e da Fazenda. “Ou a própria prefeita [Jaqueline Coutinho (PDT)] para nos explicar essa situação caótica da saúde e os desdobramentos que isso poder ter”, comenta. A ideia, conforme ele, é realizar uma reunião conjunta.
Em relação aos valores que poderão ser devolvidos pela Câmara para a Prefeitura de Sorocaba, Dini informou que essa devolução está programada para a primeira quinzena de dezembro. Entretanto, o presidente afirmou que o Legislativo tentará antecipar a devolução. “Precisamos ver a possibilidade jurídica e financeira situação”, comenta.
Ainda durante a sessão, foi cogitado se montar um gabinete de crise sobre a questão. Entretanto, a ideia foi rejeitada.
O vereador Hélio Brasileiro (MDB), presidente da Comissão de Saúde da Casa, foi o primeiro a se opor à ideia. “A senhora prefeita e seus secretários têm competência de sobra para gerir a crise”, disse. “Não adianta montar um gabinete para não ser ouvido. Vamos deixar todo mundo com sua função constitucional”, complementou.
Redução de secretarias
Brasileiro defendeu também que haja um enxugamento na máquina pública, a começar pela redução no secretariado. “Sou contrário a esse tanto de secretarias que nós temos. Que ficassem só dez”, disse. Ele também defendeu a exoneração de cargos comissionados. (Marcel Scinocca)
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