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Câmara deve julgar cassação de José Crespo na quinta-feira (1)

30 de Julho de 2019 às 07:00
Marcel Scinocca [email protected]

Informação é da Comissão Processante que investiga Crespo no caso do voluntariado. Crédito da Foto: Fábio Rogério (29/7/2019)

A sessão de julgamento do prefeito José Crespo (DEM), na Câmara de Sorocaba, deverá ocorrer na próxima quinta-feira (1). A informação foi passada à imprensa na tarde desta segunda-feira (29), por integrantes da Comissão Processante que investiga Crespo no caso do voluntariado, após apresentação das alegações finais da defesa do prefeito.

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De acordo com a Comissão Processante, uma reunião deverá ocorrer na manhã de hoje, momento em que o relatório final já deverá estar concluído. A expectativa é de que às 11h ocorra a definição sobre o resultado dos trabalhos, se será ou não pela cassação do mandato do prefeito.

Conforme Hudson Pessini (MDB), relator da Comissão, assim que houver a definição sobre o relatório, o presidente da Câmara será informado e deliberará sobre a solicitação de uma sessão extraordinária para que o relatório possa ser votado. São necessárias 48 horas de antecedência pelo regimento interno da Câmara. “Terminamos a reunião e já vamos falar com o presidente -- Fernando Dini”, garante Silvano Júnior (PV), que preside os trabalhos

Quatro membros da Mesa Diretora precisam assinar a autorização para a sessão. Pessini e Luís Santos (Pros), que são membros da Comissão Processante, também compõem a Mesa Diretora. O chefe do Executivo é investigado por suposta infração político-administrativa devido à atuação da ex-servidora comissionada Tatiane Polis.

Alegações finais

A reunião realizada ontem, às 18h, na Câmara de Sorocaba, ocorreu após o advogado Márcio Leme, que representa Crespo no caso, protocolar, às 16h40, as chamadas alegações finais à Comissão Processante. O prazo era até as 16h59 e começou a contar na última terça-feira (23), um dia depois de Crespo ser ouvido em sua casa pelos vereadores que integram a comissão. Na ocasião, o prefeito negou qualquer irregularidade no voluntariado da ex-assessora.

As alegações estão em 79 páginas. Também foram protocoladas cópias do inquérito policial que investigou o voluntariado de Tatiane Polis na Prefeitura de Sorocaba. O documento tem mais de 200 páginas. Nas alegações, Leme e os demais advogados que assinam o documento definem o processo como “um grande teatro, com diretor, escritor, um ator principal”. Os vereadores da Comissão, conforme ele, seriam coadjuvantes na encenação, “para a tristeza do denunciante -- José Crespo -- e da população”. Há ainda menção de que a denúncia é uma “mentira fabricada”. A defesa ainda pede para que o processo seja arquivado e defende a soberania do voto popular.

À imprensa, o advogado também disse que ainda estuda a situação, mas que pretende pedir a leitura integral de toda a documentação da Comissão, incluindo os apresentados ontem. Caso o pedido seja feito e acatado pela Câmara, a sessão pode ser transformar na mais longa da história do Legislativo sorocabano. Leme também afirmou que o prefeito José Crespo ainda não definiu se irá ou não à sessão de julgamento na Câmara. (Marcel Scinocca)