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Tik Tok promete reagir a decreto do presidente dos Estados Unidos

08 de Agosto de 2020 às 01:48

Tik Tok promete reagir a decreto do presidente dos Estados Unidos Crédito da foto: AFP

O Tik Tok divulgou comunicado nesta sexta-feira (7) no qual a empresa diz ter ficado “chocada” com o decreto do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, proibindo a atuação do aplicativo no país.

Além disso, a companhia afirma que nunca compartilhou dados com o governo da China, como sugerido pelo governo norte-americano, e sugere que pode entrar em uma disputa jurídica em solo americano.

Decreto imediato

Na noite de quinta, Trump assinou decreto. Na prática, dá um prazo de 45 dias para uma empresa dos EUA comprar as operações no país do Tik Tok. O governo qualifica o aplicativo como ameaça à segurança nacional e econômica.

Ao assinar a ordem, Donald Trump aumentou a pressão sobre a Microsoft para adquirir os negócios americanos do aplicativo. A Microsoft disse que espera comprar os negócios da empresa chinesa nos Estados Unidos e em outros três países.

A empresa não fez comentários imediatamente após a assinatura da ordem. E o Tik Tok não respondeu imediatamente a um pedido de comentário para a reportagem. A organização afirmou no domingo que pretende terminar as discussões sobre o assunto até 15 de setembro.

Acusada de violação de direitos

Tudo começou na quinta-feira (14), quando uma série de grupos de consumidores apresentou uma queixa junto às autoridades americanas. O grupo acusava a plataforma de vídeos de violar um acordo de 2019 que limita os dados que as empresas de tecnologia podem obter de crianças.

O documento diz que o Tik Tok continuou a coletar dados de crianças menores de 13 anos. E sem o consentimento dos pais, apesar do acordo em vigência desde fevereiro de 2019. A queixa foi arquivada por 20 organizações na Federal Trade Commission (FTC), a agência de proteção ao consumidor dos EUA.

Essas organizações pedem à FTC para reabrir sua investigação, alegando que o assunto é urgente no momento em que uma maior quantidade de menores de idade estão usando aplicativos por causa do confinamento gerado pelo novo coronavírus. (Estadão Conteúdo)