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Ciesp e Acso criticam aumento na energia na região de Sorocaba

23 de Outubro de 2018 às 07:46

O presidente da Associação Comercial de Sorocaba (Acso), Sérgio Reze, e o diretor regional do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp), Erly Domingues de Syllos, reagiram com fortes críticas aos índices de aumentos da energia elétrica para o comércio, indústria e residências. Syllos acrescentou que o Ciesp e a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) farão estudo para verificar o que pode ser revisto e quais as medidas que poderão ser tomadas.

“Este impacto já vem precedido de outros aumentos que superam de longe qualquer nível de medição de inflação”, comparou Syllos. “Qualquer aumento além dos limites dos nossos bolsos é abusivo, inaceitável e deve ser combatido pela sociedade”, declarou Reze em nota divulgada ontem.

Ciesp e Acso criticam aumento na energia Reze, da Acso, diz que aumento é “abusivo e inaceitável”. Crédito da foto: Emdio Marques / Arquivo JCS (6/9/2018)

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou no último dia 16 reajuste tarifário da CPFL Piratininga, que atende 1,7 milhão de clientes em 27 municípios no interior e litoral de São Paulo, com 15 deles na Região Metropolitana de Sorocaba (RMS). O reajuste, válido a partir de hoje, dia 23, será de 18,7% para consumidores de baixa tensão (residências e pequenos comércios) e 20,18% para os de alta tensão (indústrias e grandes comércios), o que dá uma média de 19,25%.

Reze complementa: “Um argumento, porém, precisa ser acrescentado: O rombo nas contas das distribuidoras de energia teve início em 2013, quando a então presidente Dilma impôs de forma irresponsável a Medida Provisória 579, que diminuiu artificialmente o preço das tarifas de energia elétrica e criou um rombo no setor de proporções absurdas.” Segundo ele, “porém esse fato não pode ser usado, cinco anos depois, como justificativa para penalidades contra o cidadão, trabalhador ou empresário, como é esse aumento no preço que vamos pagar pela energia elétrica agora comunicado”.

Ciesp e Acso criticam aumento na energia Impacto é precedido de outros reajustes, segundo Syllos. Crédito da foto: Fávio Rogério / Arquivo JCS (25/6/2018)

O presidente da Associação Comercial de Sorocaba também defendeu a qualidade na prestação do serviço a um preço justo: “A CPFL Piratininga está longe de atender aos seus consumidores na qualidade correspondente ao preço que está sendo pago. Basta ver o quanto sofremos com qualquer mudança no tempo, com qualquer chuvinha, ficando três, quatro horas sem energia. Por isso é ainda mais inaceitável que nós tenhamos de pagar o abusivo aumento anunciado agora para a conta de cada sorocabano.”

A CPFL informou que a maior parte do valor da conta de luz é destinado para o pagamento das despesas com compra de energia, com o sistema de transmissão, com o pagamento de tributos estaduais e federais e encargos setoriais, que são conhecidos no setor elétrico como custos não gerenciáveis pelas distribuidoras. “Ou seja, grande parte da conta de luz é composta por itens que a CPFL Piratininga não tem gestão direta, sendo apenas uma mera arrecadadora de recursos para a cadeia do setor elétrico e para os Estados e União”, de acordo com a empresa.

O professor universitário e delegado do Conselho Regional de Economia, Sidney Oliveira, observa que “é o consumidor que vai pagar essa conta”. Ele vai arcar com o aumento da tarifa tanto diretamente, na sua residência, quanto indiretamente por meio dos bens e serviços que ele consome, diz Oliveira. 

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