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Caso Marielle: Polícia cumpre mandado na casa do vereador Marcello Siciliano

14 de Dezembro de 2018 às 09:15

Marcello Siciliano O vereador não foi encontrado em casa - Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil

*Atualizada às 11h38

A casa do vereador do Rio de Janeiro, Marcello Siciliano (PHS), é alvo de mandado de busca e apreensão na manhã desta sexta-feira (14), segundo a TV Globo. A ação tem relação com os assassinatos da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, que completa nove meses nesta sexta-feira.

No local, os agentes apreenderam um tablet, um computador, HD e documentos. Marcello Siciliano não foi encontrado em casa. Investigações também apontam participação, em menor grau, do ex-PM Orlando Curicica, que está preso na Penitenciária Federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte.

Marcello de Moraes Siciliano, de 45 anos, é empresário da área de construção civil, novato na política, pouco conhecido até dos próprios colegas da Câmara e foi eleito com forte votação na zona oeste, um tradicional reduto das milícias.

No site da Câmara dos Vereadores, um vídeo apresenta o parlamentar. O vereador conta, sem disfarçar o orgulho, que teria sido indicado ao Prêmio Nobel da Paz em 2010 por suas ações sociais em Vargem Grande e Vargem Pequena, na zona oeste do Rio, onde mora há mais de 20 anos.

No vídeo, o vereador se apresenta como "pai de família, com cinco filhos e três netos". Diz que trilhou sua trajetória profissional sozinho, e começou a trabalhar com apenas 15 anos de idade. Aos 17, começou a comprar e vender carros.

Depois, conta, migrou para o ramo da construção civil, chegando a ser proprietário de uma empresa. "Comecei a minha vida do nada e me tornei um empresário bem-sucedido", diz no vídeo. "Faço política para ajudar as pessoas, não preciso disso para viver."

Desenrolar do caso Marielle Franco

Policiais da Delegacia de Homicídios (DH) do Rio já haviam ido às ruas nesta quinta-feira (13), para tentar cumprir 15 mandados de prisão e de busca e apreensão relacionados à morte de Marielle e Anderson.

Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, o general Richard Nunes, secretário da Segurança do Rio, afirma que Marielle foi morta porque milicianos acreditaram que ela poderia atrapalhar os negócios ligados à grilagem de terras na zona oeste da capital fluminense. Segundo ele, o crime era planejado desde 2017.

Defensora dos direitos de moradores de favelas, negros, mulheres e da população LGBT, Marielle levou quatro tiros na cabeça dentro de seu carro na noite de 14 de março. Ela e seu motorista saíam de um evento no Estácio, região central do Rio, quando foram executados. Foi noticiado que as câmeras de segurança da prefeitura do ponto exato onde ocorreu o crime haviam sido desligadas, mas não ocorreram maiores esclarecimentos sobre essa questão. (Com informações de Marcelo Godoy e Marcio Dolzan - Estadão Conteúdo)

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