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Sob suspeita

Vereadores iniciam investigação na CPI dos Contratos em Sorocaba

A CPI foi formada pelos vereadores da base aliada do prefeito Rodrigo Manga (Republicanos), na última quinta-feira (28

02 de Outubro de 2023 às 23:01
Wilma Antunes [email protected]
Comissão vai apurar supostas irregularidades em contratos assinados com empresas da família Hial
Comissão vai apurar supostas irregularidades em contratos assinados com empresas da família Hial (Crédito: DIVULGAÇÃO / PREFEITURA DE SOROCABA)

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) instaurada na Câmara de Sorocaba para investigar denúncias de supostas irregularidade cometidas pela Prefeitura de Sorocaba em contratos realizados por licitação ou dispensa delas realizará a primeira reunião nesta quarta-feira (4), às 11h. O objetivo é traçar os planos de investigação. A CPI foi formada pelos vereadores da base aliada do prefeito Rodrigo Manga (Republicanos), na última quinta-feira (28). Eles rejeitaram a investigação proposta anteriormente pela oposição. As denúncias que deram origem à CPI dos Contratos foram feitas pela TV TEM e pelo portal G1.

A presidência da comissão está a cargo do vereador Cristiano Passos (Republicanos), tendo o vereador Luís Santos (Republicanos) como relator. A CPI também conta com a participação dos vereadores Dylan Dantas (PL), Fábio Simoa (Republicanos), João Donizeti (PSDB), Rodrigo do Treviso (União), Silvano Jr. (Republicanos), Vinícius Aith (PRTB) e Caio Oliveira (Republicanos).

O órgão legislativo se propõe a investigar os acontecimentos relacionados à denúncia veiculada em 20 de setembro. Segundo a reportagem, órgãos municipais, incluindo a Prefeitura, mantêm contratos com empresas vinculadas à família do ex-diretor da Urbes, Jorge Domingos Hial, totalizando R$ 32 milhões em contratos. Essa relação teve início em janeiro de 2021, quando Jorge, conhecido como Tupã, assumiu cargo na Urbes - Trânsito e Transporte.

Em menos de três anos, a família Hial acumulou 17 contratos com a administração municipal, recebendo mais de R$ 12 milhões. A Prefeitura e a família Hial negam irregularidades, mas o Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCESP) identificou conflitos de interesse e ilegalidades em contratos, incluindo alguns com a própria Urbes. Após a divulgação da denúncia, Hial foi exonerado do cargo.

Além disso, empresas associadas à família Hial também receberam doações de dinheiro público, gerando preocupações sobre a transparência e ética dessas transações. A Associação Antônio José Guarda (AJG), presidida pela nora de Jorge Domingos Hial, obteve contratos significativos para prestar serviços nas áreas de Educação e Saúde de Sorocaba. A Transparência Brasil apontou conflitos de interesse e a ausência de concorrência em algumas dessas contratações. (Wilma Antunes)