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Uniso firma parceria com organização nacional para divulgação científica

19 de Fevereiro de 2018 às 13:57

Reunião realizada entre a Uniso e a Rede Nacional com alunos de Jornalismo - Paulo Ribeiro/ Uniso

A Universidade de Sorocaba (Uniso) estabeleceu uma parceria com a Rede Nacional de Física de Altas Energias (Renafae) para a divulgação científica da participação brasileira em pesquisas realizadas no Grande Colisor de Hádrons (LHC), o maior acelerador de partículas em operação em todo mundo, da Organização Europeia para a Pesquisa Nuclear (Cern).

O preâmbulo desse acordo foi a realização de uma palestra interdisciplinar proferida para alunos de diversos cursos no segundo semestre de 2017 pelo professor sorocabano Marcelo Gameiro Munhoz, da USP, que atua no laboratório europeu em Genebra, na Suíça.

Nessa parceria, a Uniso é responsável em oferecer consultoria técnica especializada em comunicação, com a produção de conteúdo e repercussão do resultado dessas pesquisas na comunidade. Para isso, inclusive, foi criado o Grupo de Produção Experimental em Divulgação Científica da Uniso (GpexDC-Uniso), sob a coordenação do professor e jornalista Guilherme Profeta.

Os trabalhos tiveram início com um grupo de alunos de Jornalismo, que se reúne quinzenalmente para reuniões de orientação para a produção de notícias. O objetivo, conforme explica Guilherme, é envolver outras áreas da Universidade, transformando o conhecimento produzido pelos pesquisadores em diferentes produtos.

Durante reunião realizada em dezembro com os participantes do projeto, Marcelo Munhoz, que representa a Renafae, falou sobre a parceria. Ele é formado no Colégio Dom Aguirre (CDA), da mesma mantenedora da Uniso, a Fundação Dom Aguirre, e é um dos brasileiros à frente do ALICE, experimento do grande colisor de íons.

“Há muita produção relevante na área de Física em desenvolvimento no País. São cerca de 150 brasileiros de diversas universidades atuando nas pesquisas do LHC. Essa parceria com a Uniso é uma ótima oportunidade para mostrar o que vem sendo feito e sua importância”, destaca. A reunião na Uniso também contou com a presença de Maria Luisa de Oliveira, que atua junto à Rede como bolsista de jornalismo científico pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp).

Além de divulgar a produção científica do País, a iniciativa pretende contribuir com a formação dos participantes. Para as alunas Aline Albuquerque e Andressa Nogueira, é a chance de experimentar uma das vertentes da área, o Jornalismo Científico, dentro de um projeto internacional. Elas afirmam que essa iniciativa também deverá contribuir significativamente para a atuação em outros segmentos, inclusive como estagiárias de comunicação, atualmente do G1 Sorocaba e da UFSCar Sorocaba, respectivamente. A participação vale como atividades complementares. “O grupo nasceu para atender à Renafae, mas a ideia é ampliar para outros projetos”, explica Guilherme.

LHC

O LHC, inaugurado em 2008, tem uma estrutura física subterrânea de 27 quilômetros, onde 600 milhões de colisões acontecem por segundo, captadas por 150 milhões de sensores. Por meio dos experimentos conduzidos nesse espaço, muitas questões existenciais para as quais ainda não se tem respostas podem ser estudadas: a origem da massa e das partículas e a própria origem do universo em si.

A partir dessa busca, que demandam novas tecnologias, diversos avanços foram possíveis. A própria internet foi desenvolvida em 1989 por Tim Berners-Lee, pesquisador do Cern, para facilitar a comunicação entre cientistas em todo mundo, e aplicações na área médica, como em equipamentos de diagnósticos, também são inúmeras. Com informações do Uniso Ciência – primeira edição. Clique aqui e confira a reportagem completa.