Uma noite ruim e um jogo ruim. É assim que Fábio Toth definiu a partida contra o Noroeste, anteontem (21), no estádio Walter Ribeiro (CIC), que terminou com derrota por 2 a 0 e, consequentemente, a eliminação da Copa Paulista faltando dois jogos para terminar a fase de grupos.

Em coletiva pós-jogo, o treinador disse que o primeiro tempo foi abaixo do esperado, e o segundo, deplorável. “Brincadeira”, disse, ao comentar o lance do segundo gol, em jogada de bola parada. Outro ponto discutido foi o nível dos atletas.

“Quando sete ou oito atletas estão abaixo em nível técnico, não tem como você ganhar um jogo. Quando dois ou três estão normal, de médio para bem, e os sete, oito abaixo, é impossível você ganhar um jogo. Foi o que aconteceu hoje (anteontem). Os quatro atletas substituídos o foram porque pediram para sair. Você bola uma estratégia toda, até em nível de troca também, para depois, se estiver perdendo um jogo, ser um pouco mais ofensivo, até porque precisávamos ganhar. E aí a estratégia vai toda por água abaixo”, opinou Fábio.

O comandante também assumiu a responsabilidade pela derrota. “Quem escala esses atletas sou eu. Obviamente essa responsabilidade tem que ser dividida entre comissão e jogador, mas a maior parte é minha, que eu que escalo, eu que troco”, avaliou.

Temperamento

Não foi apenas o desempenho ruim do São Bento que chamou atenção na Copa Paulista. O temperamento ativo -- e até explosivo -- de Fábio Toth à beira do gramado lhe rendeu cinco cartões amarelos e uma expulsão em oito jogos. Contra o Mirassol, no dia 7 de agosto, o auxiliar Bruno Formigoni comandou o time porque o titular estava suspenso.

Anteontem, no CIC, ainda no primeiro tempo, a atuação do time deixou Fábio tão nervoso que ele não conseguiu se controlar por várias vezes. Resultado: dois cartões amarelos e, consequentemente, a expulsão. Na súmula da partida, a arbitragem anotou que “após ser advertido anteriormente por reclamar e persistir em permanecer fora de sua área técnica, receber segundo cartão amarelo, o técnico correu em direção ao assistente, obstruindo a sua corrida com o braço no peito impedindo a sua passagem no procedimento de gol e gritando: ‘Tava impedido bandeira, tava impedido.’”

Em sua defesa, o treinador disse que no lance do primeiro gol do Noroeste, a visão que ele tinha era de impedimento, mas que não empurrou o árbitro. “Confesso que errei ao sair da área técnica, preciso melhorar em relação a isso. Mas acontece, a gente joga junto. Vemos que as coisas não estão dando certo e a gente quer de alguma forma colocar para cima. Minha intenção é só essa, nunca reclamar. Acho que ele poderia, de repente, não me expulsar e entender esse lado que eu estou falando”, finaliza Fábio. (Thaís Marcolino)