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Economia

Taxa de desemprego cai para 9,1% em julho, conforme dados do IBGE

Rendimento médio dos trabalhadores ocupados teve uma elevação real de 2,9%, chegando a R$ 2,693

01 de Setembro de 2022 às 00:01
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No segundo trimestre de 2023, 4,050 milhões de brasileiros procuravam trabalho há mais de um mês
No segundo trimestre de 2023, 4,050 milhões de brasileiros procuravam trabalho há mais de um mês (Crédito: MARCOS SANTOS / USP IMAGENS)

A taxa de desemprego confirmou a tendência de queda em julho. O índice desceu de 10,5% no trimestre terminado em abril para 9,1% no encerrado em julho, o mais baixo desde o trimestre concluído em dezembro de 2015. Além disso, o rendimento médio dos trabalhadores ocupados teve elevação real de 2,9% na comparação com o trimestre até abril, para R$ 2.693 (alta de R$ 75). A renda real não apresentava crescimento significativo desde o trimestre terminado em julho de 2020.

Os dados fazem parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) e foram divulgados ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Conforme o levantamento, o número de pessoas trabalhando no Brasil é o maior já registrado, embora o contingente de trabalhadores informais também tenha alcançado novo recorde.

A queda na taxa de desemprego reflete a dinâmica mais robusta da atividade econômica, com efeitos da reabertura e dos impulsos fiscais concedidos pelo governo, avalia o economista João Savignon, da gestora de recursos Kínitro Capital. Ele prevê um novo recuo no desemprego no trimestre encerrado em agosto, com taxa entre 8,8% e 8,9%, mas com expectativa de perda de fôlego, chegando ao fim de 2022 em 8,6%.

“Vamos ter efeitos defasados do ciclo de aperto monetário (elevação dos juros) e desaceleração da atividade econômica global. Tudo isso vai desafiar essa melhora de curto prazo”, justifica. “A maior dúvida é para o ano que vem. O mercado de trabalho deve ter uma recuperação mais devagar”, diz Savignon.

Renda

Com mais pessoas trabalhando, a massa de salários em circulação na economia aumentou em R$ 13,106 bilhões em um trimestre, para R$ 260,699 bilhões. Adriana Beringuy, coordenadora de Trabalho e Rendimento do IBGE, reconhece que a deflação registrada em julho (0,68%, de acordo com o IPCA) também pode ter ajudado o desempenho melhor da renda média no trimestre. Ela ressalva que a renda nominal também subiu.

Sem descontar a inflação no período, o rendimento médio cresceu 4,8% no trimestre terminado em julho ante o encerrado em abril. Já na comparação com o trimestre terminado em julho de 2021, houve elevação de 8% na renda média nominal.

Ainda há 9,882 milhões de pessoas em busca de uma vaga de trabalho. Em apenas um trimestre, 2,154 milhões conseguiram um trabalho. A população ocupada alcançou um recorde de 98,666 milhões de trabalhadores no período, mas o número de postos informais atingiu o ápice, com 39,294 milhões. (Estadão Conteúdo)