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Uniso Ciência

Uniso Ciência até aqui

22 de Dezembro de 2022 às 08:30
Quadro
Quadro (Crédito: Divulgação)

A primeira edição da revista Uniso Ciência foi publicada oficialmente em junho de 2018, compilando reportagens que já haviam sido publicadas localmente, na região de Sorocaba, além de várias inéditas. A ideia, desde o princípio, era estabelecer um canal para que estudos de grande impacto desenvolvidos na Universidade de Sorocaba (Uniso), ou mesmo fora dela, chegassem à comunidade, rompendo quaisquer barreiras que ainda pudessem existir entre a academia e a sociedade. Desde então, a fórmula vem se repetindo.

Com este número que você tem em mãos, em dezembro de 2022, esta publicação completa dez edições semestrais ininterruptas. Ao longo de todos estes anos, o número de pessoas envolvidas no projeto — incluindo pesquisadores, orientadores, membros do comitê editorial, membros da reitoria da Universidade, jornalistas e membros da equipe técnica — excede uma centena, e esse time só vem crescendo. Alguns desses profissionais, de vários departamentos e níveis educacionais diferentes, você pode ver na capa desta edição comemorativa, que reforça a importância de toda a comunidade acadêmica para o sucesso do projeto.

São muitas as temáticas já contempladas nas reportagens publicadas até aqui. Esses textos incluem principalmente reportagens baseadas em pesquisas desenvolvidas no âmbito dos quatro Programas de Pós-Graduação stricto sensu da Uniso (englobando dissertações e teses de pesquisadores dos programas, e também artigos publicados em periódicos nacionais ou internacionais). Logo abaixo, você pode conferir depoimentos dos coordenadores de cada Programa, discutindo o papel da divulgação científica na contemporaneidade.

Quadro - Divulgação
Quadro (crédito: Divulgação)

Além dessas reportagens baseadas em estudos desenvolvidos nos Programas de Pós-Graduação da Uniso, a revista também vem publicando reportagens especiais livres, baseadas em temas de grande interesse público, com comentários de especialistas da Uniso e pesquisadores externos convidados, além de reportagens baseadas em pesquisas desenvolvidas no âmbito dos Programas de Graduação da Universidade (trabalhos de conclusão de curso de estudantes ou iniciação científica).

Vale destacar, também, a importância que vem sendo dada nesta publicação para as pautas sobre sustentabilidade; de fato, considerando-se todas as reportagens vinculadas a essa temática (incluindo ações institucionais em prol do meio ambiente, educação ambiental, biodiversidade, biorremediação e recursos hídricos, processos produtivos mais sustentáveis e mudanças climáticas), tem-se nada menos do que 23,3% de todas as reportagens já publicadas.

Quadro - Divulgação
Quadro (crédito: Divulgação)

Se você tem sugestões de temas para futuras reportagens (ou mesmo dúvidas, críticas ou quaisquer outros comentários), você pode entrar em contato com a nossa equipe por meio do e-mail [email protected]. A Uniso agradece pelo apoio ao projeto Uniso Ciência ao longo de todos estes anos.

Mensagem dos Programas de Pós-Graduação

Instituições de ensino e pesquisa devem liderar o processo de comunicação
Prof. Dr. Marcus Tolentino Silva, coordenador do Programa de Pós-Graduação em Ciências Farmacêuticas da Uniso

Prof. Dr. Marcus Tolentino Silva - Divulgação
Prof. Dr. Marcus Tolentino Silva (crédito: Divulgação)

“Quando ocorrem crises ou calamidades públicas — como a pandemia de Covid-19 —, é comum a sociedade recorrer às mídias para se informar, sejam as convencionais ou as novas mídias sociais. Durante a pandemia, por exemplo, houve momentos em que termos epidemiológicos geralmente desconhecidos pelo grande público (como ‘imunidade comunitária’ e ‘ensaios clínicos randomizados’, entre outros) foram amplamente utilizados por não especialistas, o que é bom, por aumentar o envolvimento com a ciência. Entretanto, muita informação foi compactada num curto período de tempo, o que tornou difícil discernir fato de ruído, e, muitas vezes, criou em parte da população uma falsa sensação de ‘empoderamento científico’, o que é bastante prejudicial. Tal cenário caótico refletiu as dificuldades que a comunidade científica ainda tem em compreender como as mídias funcionam. Por outro lado, a sociedade depende dos cientistas, ou de suas assessorias, para liderar o fornecimento de informações baseadas em fatos científicos ao grande público. Aprendemos que, especialmente em tempos de crise, faz-se importante que as instituições de ensino e pesquisa liderem o processo de comunicação, ou ao menos assumam um papel mais ativo, de modo a divulgar informações confiáveis, úteis e corretas para uma sociedade em busca de respostas.”

Ciência precisa ser compreendida de modo a embasar processos decisórios
Prof. Dr. Daniel Bertoli Gonçalves, coordenador do Programa de Pós-Graduação em Processos Tecnológicos e Ambientais da Uniso

Prof. Dr. Daniel Bertoli Gonçalves - Divulgação
Prof. Dr. Daniel Bertoli Gonçalves (crédito: Divulgação)

“Com as mudanças pelas quais passaram e ainda passam a ciência e a própria sociedade, nossos desafios vêm se tornando gradativamente mais complexos. Para encará-los adequadamente, a interdisciplinaridade é uma necessidade, uma vez que ela possibilita enxergar esses desafios a partir de uma multiplicidade de abordagens diferentes, em contraponto àquelas visões especializadas que muitas vezes predominaram no meio científico. Estudos interdisciplinares como os que conduzimos na Uniso e em outras instituições estão buscando soluções para muitos desafios contemporâneos como, por exemplo, o tratamento do lixo nos centros urbanos, a escassez hídrica no campo e nas cidades, o tratamento de resíduos industriais, as energias alternativas, a fome... São estudos que requerem pesquisadores de diversas áreas trabalhando em conjunto, de forma a abordar aspectos técnicos, sociais, econômicos, culturais e ambientais desses problemas. E tudo isso precisa ser ‘traduzido’ para a população (local, regional, global) e para os gestores públicos, que não são cientistas, mas que, em última instância, serão impactados pelos resultados desses estudos ou precisarão das informações apresentadas pela ciência para embasar seus processos decisórios.”

Incorporação de conhecimentos científicos à vida cotidiana depende, também, do empenho da própria comunidade científica
Prof.ª Dr.ª Maria Ogécia Drigo, coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Cultura da Uniso

Prof.ª Dr.ª Maria Ogécia Drigo - Divulgação
Prof.ª Dr.ª Maria Ogécia Drigo (crédito: Divulgação)

“Disciplinas escolares, nos diversos níveis de ensino, são compostas a partir de conceitos científicos, requerendo práticas de ensino que levem em conta tanto a compreensão das especificidades de cada ciência (cujos métodos embasaram a construção desses conceitos) quanto a incorporação desses conhecimentos à vida cotidiana dos educandos, de modo a propiciar subsídios para reflexões sobre e nas suas experiências. Para além do ambiente escolar, a divulgação científica pode estender o conhecimento científico às pessoas em geral. As diferentes ‘traduções’ desses conhecimentos, à luz das linguagens das mídias, requerem olhares especializados, que podem ser construídos com esforços de pesquisadores da comunicação e de produtores de conteúdos midiáticos. Com isso, os conhecimentos científicos poderão ser propagados por meio de filmes, documentários, livros, jornais, entre outros produtos midiáticos, de forma mais rotineira e pertinente. A proposta de uma comunicação para a vida, que inclua a propagação de conhecimentos científicos, é bem-vinda, levando em conta que a incorporação desses conhecimentos pelas pessoas é necessária. E isso requer, como enfatizamos, que a comunidade científica se empenhe nessa tarefa, aliando-se a profissionais e pesquisadores da comunicação.”

Uma sociedade crítica precisa estar apta para interpretar (e até questionar) a ciência
Prof. Dr. Rafael Ângelo Bunhi Pinto, coordenador do Programa de Pós-Graduação em Educação da Uniso

Prof. Dr. Rafael Ângelo Bunhi Pinto - Divulgação
Prof. Dr. Rafael Ângelo Bunhi Pinto (crédito: Divulgação)

“A educação escolar — aquela exercida dentro de um sistema de ensino e/ou educacional, e que é a área de concentração do Programa de Pós-Graduação em Educação da Uniso —, tem evoluído com o tempo e envolvendo não apenas os espaços e processos relacionados à educação formal, mas também os processos de educação informal. Isso se dá pela assimilação de conhecimentos, principalmente por meio da socialização extraescolar (no núcleo familiar, pelas mídias etc.), que, apesar de acontecer fora da escola, acaba interferindo diretamente no ambiente escolar. Conhecimentos e tecnologias desenvolvidos por meio das pesquisas realizadas na Universidade, não só na Uniso mas também em outras instituições, têm impactos diretos e indiretos sobre a vida das pessoas, e é importante, para a formação de uma sociedade crítica, que os educandos estejam aptos a interpretar e até questionar esse processo de feitura da ciência, principalmente (mas não exclusivamente) nos âmbitos local e regional, bem como entendendo o seu impacto nos contextos nacional e internacional.”

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