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Salto: Entre rochas, ilhas e dinossauros

01 de Abril de 2019 às 22:45

Entre rochas, ilhas e dinossauros Também no Parque da Rocha Moutonnée, réplicas de dinossauros ajudam a entender a era mesozoica. Crédito da foto: Divulgação

Localizado a pouco mais de 40 quilômetros de Sorocaba, a Estância Turística de Salto é uma opção interessante para passeios do tipo bate-volta ou até mesmo para um fim de semana prolongado, como o da Páscoa (19 a 21 de abril). As atrações são todas gratuitas e incluem parques de diversos estilos, réplicas de dinossauros, rochas incomuns, cachoeiras, ilhas temáticas e até um mirante construído sobre uma ponte estaiada.

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Um dos atrativos mais novos e visitados é o Parque Natural da Ilha da Usina, no rio Tietê, a poucos metros do centro da cidade. A estrutura completou seu primeiro ano de existência no domingo (31), computando cerca de 80 mil visitantes. A ilha integra o Complexo Turístico da Cachoeira, um espaço com diversas atrações turísticas criadas em torno da Cachoeira do Ytu-Guaçu, conhecida como Cachoeira do Salto Grande.

Ela é a maior queda d’água existente nos quase 1.200 quilômetros de extensão do rio Tietê. A cascata deu nome à cidade e proporcionou o surgimento do seu primeiro ciclo de desenvolvimento econômico, por meio da instalação de tecelagens movidas pela força hidráulica. Ao lado da cachoeira localiza-se o Memorial do Rio Tietê com um rico acervo que faz referência às tradições culturais e aos aspectos geográficos atrelados a este importante rio paulista.

Entre rochas, ilhas e dinossauros Passarelas suspensas atravessam o Parque Natural da Ilha da Usina, onde fauna e flora estão intocadas há quase um século. Crédito da foto: Divulgação

Formada por 70 mil metros quadrados, a ilha têm flora e fauna preservadas desde a abertura do canal da Usina Hidrelétrica de Porto Góes, na década de 1920. Quem visita o lugar, percorre 230 metros de passarelas suspensas sobre a mata. Painéis ilustrados resumem informações a respeito das espécies ali existentes. O passeio encanta adultos e crianças, em especial quando os macacos saguis se tornam recepcionistas. Com alguma sorte, o pássaro Taperá, símbolo do município, ameaçado de extinção, também pode ser observado. Ao final do percurso, chega-se a um mirante e a um auditório, onde um breve vídeo conta a história da cidade e da ilha.

Instalado com recursos do Departamento de Apoio ao Desenvolvimento das Estâncias da Secretaria Estadual de Turismo (Dadetur), o ponto também turístico funciona como uma sala de aula a céu aberto para alunos da rede municipal. O acesso ao parque é gratuito e ocorre por meio do Complexo Turístico da Cachoeira, situado à Praça Archimedes Lammoglia, s/n, no Centro de Salto.

Quem vai ao local ainda pode desfrutar de paisagens surpreendentes, pontuadas pela centenária Ponte Pênsil, construída ao lado da Fábrica de Tecido Brasital S/A, pelo Caminho das Esculturas, que faz referência aos principais personagens da história saltense, bem como pela Ilha dos Amores, situada logo a acima da cachoeira do Salto.

Entre rochas e dinossauros

Entre rochas, ilhas e dinossauros Parque da Rocha Moutonnée: granito róseo conta história geológica da região. Crédito da foto: Divulgação

Quem vai ao Complexo Turístico da Cachoeira pode aproveitar para conhecer também o Parque da Rocha Moutonnée. Localizado na antiga Estrada das Sete Quedas, a dois quilômetros do Centro, é um atrativo turístico voltado a realização dos estudos do meio, pois permite uma abordagem didática sobre as eras geológicas e a evolução da vida no Planeta Terra. Com 43 mil metros quadrados de área, possui diversos painéis explicativos sobre o surgimento da vida no planeta, além de nove réplicas de dinossauros que entretém e divertem os estudantes interessados em investigar a era mesozoica.

O parque ainda conta com resquícios florísticos que indicam as alterações climáticas na escala geológica, bem como oferece um dos mais importantes vestígios geológico de nosso país: a rocha moutonnée. Essa rocha é um granito róseo com o formato arredondado, lembrando um carneiro deitado (“mouton” em francês, significa carneiro; moutonnée: acarneirada). Ranhuras produzidas em sua superfície pelas geleiras da era Paleozóica (há 270 milhões de anos) comprovam cientificamente que a nossa região já passou por alternâncias climáticas significativas. (Da Redação)

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