Cuiabá: do colonial ao modernismo
Museu Histórico do Mato Grosso é um dos exemplos da arquitetura colonial. Crédito da foto: Divulgação
Na última quinta-feira (8), Cuiabá, capital do Mato Grosso, completou mais um ano de vida. Ao longo dos seus 302 anos, a cidade, que é de origem indígena, se transformou em um grande polo de imigrantes e de visitantes que veem no local potencial de crescimento econômico, turismo desenvolvido e uma qualidade de vida diferenciada. E, para nos mostrar cada cantinho da aniversariante do dia, também conhecida como “Cidade Verde”, a Agência de Notícias do Ministério do Turismo convidou a guia de turismo cuiabana Marilene Barbosa. Vamos lá conferir?
Logo de cara, Marilene já nos pegou pelo estômago e nos indicou um prato típico da cidade: o Pacu Assado. Diz a lenda que “o forasteiro que chega em Mato Grosso, depois de comer a cabeça de pacu, não vai mais embora, permanece na região”. E olha, até entendemos a lenda, hein? Pois, além da deliciosa carne, o peixe vem recheado com farofa de banana e couve, e em algumas ocasiões é assado envelopado na folha de bananeira. Já deu até para entender o porquê de não querer mais ir embora, né? Mas, Marilene nos alerta que não podemos esquecer também de comer a mojica de pintado, o licor de pequi, e o Jenipapo.
Depois de provarmos as delícias da região, chegou a hora de imergimos um pouco na história e na cultura da cidade. O nosso ponto de partida será a Igreja do Rosário e a Capela de São Benedito. Segundo a guia, foi lá que se iniciou a povoação da cidade e que, depois se tornou o símbolo religioso. Diante disso, o santo dá nome a uma das maiores festas do Estado de Mato Grosso. O turismo religioso não para por aí. A cidade ainda traz a Igreja Nossa senhora Bom Parto, uma igreja neogótica bem visitada. Além disso, os turistas devem conhecer a basílica Padroeiro Bom Jesus de Cuiabá, localizada no Centro Histórico do município.
E por falar em Centro Histórico, Marilene pontuou que não se pode deixar de falar do casario colonial tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN). Entre outros atrativos, o visitante poderá conhecer o Calçadão de Cuiabá, o Museu Histórico de Mato Grosso e o Arsenal da Guerra, hoje um centro cultural. O antigo Mercado de Peixes atualmente é o Museu do Rio Cuiabá. Já o Museu de Pré-História, localizado em um casarão de 1842, tem exposição de arqueologia e paleontologia com fósseis de preguiças gigantes, dinossauros e animais marinhos, que revelam que a Chapada dos Guimarães já foi mar.
“Cuiabá cresceu muito, é uma cidade maravilhosa. Temos uma cidade hospitaleira. Estamos sempre de braços abertos para receber o turista. Fazer um city tour em Cuiabá é muito lindo. Temos do antigo ao novo, da colônia ao modernismo”, finalizou a guia de turismo Marilene Barbosa.
Parques
No Parque Mãe Bonifácia os traços modernos se destacam nos trabalhos. Crédito da foto: Divulgação
Vários parques integram o roteiro turístico cuiabano, o que dão o título à Cuiabá de “Cidade Verde”. Entre eles, o Parque Mãe Bonifácia, com área equivalente a 70 campos de futebol. São cinco trilhas, espaços recreativos e de esportes, além de fauna e flora típicas do cerrado. Já o Parque Tia Nair é um dos mais belos cartões-postais da cidade, dividido por áreas esportivas, de lazer e de contemplação da natureza, com opção de passeio ecológico. Outra atração do parque é o mirante, acessado por meio de uma passarela que leva o visitante a uma ilha. Ali, a visão toda iluminada do lago, à noite, deixa o parque ainda mais bonito.
Cuiabá é a porta de entrada dos turistas que buscam natureza e aventura em destinos mato-grossenses. Eles visitam, principalmente, a Chapada dos Guimarães (69km), com paredões, mirantes, cachoeiras e grutas; o Pantanal Norte (100 km), região alagada e de vida silvestre exuberante; e Nobres (150km), com rios e cachoeiras de águas cristalinas, além dos destinos amazônicos situados ao norte do Mato Grosso. (Victor Maciel - Ministério do Turismo)
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