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Aventura no lado quente do Equador

15 de Abril de 2019 às 22:30

Aventura no lado quente do Equador Cratera-lagoa, com seus tons de verde musgo a turquesa, é a imagem mais conhecida do Quilotoa. Crédito da foto: Divulgação

Quem vai ao Equador pode caminhar pelo centro histórico de Quito -- primeiro trecho urbano a ostentar o título de Patrimômio da Humanidade --, se equilibar no Balanço do Fim do Mundo, visitar as Ilhas Galápagos -- onde Charles Darwin encontrou fundamentos para a sua Teoria da Evolução -- e, é claro, ultrapassar quantas vezes quiser a linha imaginária que divide os hemisférios norte e sul do planeta. Porém, quem busca aventura na altitude dos Andes encontra o que procura, e muito mais, visitando alguns dos cem vulcões ativos e inativos espalhados pelo país, contrastando com picos nevados ou com florestas serranas que lembram a mata Mata Atlântica brasileiras. E, para tranquilizar quem ficou temeroso pela própria segurança, a maioria dos roteiros é monitorada.

Uma pergunta que os monitores dos roteiros de vulcões do Equador costumam fazer quando recebem exploradores de primeira viagem é: “Você quer passeio com pouco ou com muita adrenalina?” A dúvida fica evidente quando o turista se aproxima de crateras de quilômetros de profundidade e exalando vapores a centenas de graus Celcius de temperatura. Outra advertência: engana-se quem imagina que ver um vulcão é ver todos. Cada um desses túneis ligando o centro da Terra à superfície é um lugar único.

Para quem não tem muito tempo, o endereço sob medida é a Avenida de los Volcanes. A tradução -- fácil até mesmo para quem não é versado na língua dos hermanos --, Avenida dos Vulcões, não deixa dúvidas sobre o que o turista vai encontrar. A rota cinematográfica de 300 quilômetros de extensão leva a nada menos do que 27 “montanhas vivas” localizadas entre a Serra Central e o norte do país. Confira três vulcões imperdíveis:

Quilotoa

O Quilotoa é um dos vulcões mais conhecidos do Equador. As imagens mais espetaculares são os tons de verde -- de musgo a turquesa -- da lagoa que ocupa toda a paisagem surreal da cratera. Localizado a 180 quilômetros a sudoeste de Quito, rende mais do que um bate-volta. Como a estrada é estreita e sinuosa leva-se quatro horas da capital equatoriana até lá.

Se puder, invista em uma visita sem pressa. A principal atividade ali é caminhar, mas lentamente, já que o pico fica a 3.900 metros de altitude. É possível dar a volta por cima ou por baixo da lagoa, dependendo do pique do visitante. Quem não aguentar a subida de cerca de 600 metros verticais ao longo de uma hora e meia pode pagar alguns dólares e subir no lombo de uma mula. Mesmo com estrutura de hospedagens e restaurantes simples, não é má ideia pernoitar ao redor da lagoa.

Cotopaxi

Aventura no lado quente do Equador O Cotopaxi, com quase 6 mil metros de altura, desafia os visitantes. Crédito da foto: Divulgação

Quem pretende subir até o cume do Vulcão Cotopaxi (5.897) faz uma caminhada de quatro quilômetros (com guia) até o topo da cratera de Rucu Pichincha, a três horas da estação do bondinho e a 4.680 metros de altitude. O Cotopaxi é uma empreitada mais complexa, com botas de neve e roupas especiais. Agências oferecem tour de dois dias com pernoite na base e ataque ao cume pela manhã.

Trem dos vulcões

Aventura no lado quente do Equador Tren de Los Volcones passa por 14 vulcões em roteiro de nove horas. Crédito da foto: Divulgação

Caso a proposta seja apenas ver de longe as “montanhas que cospem fogo”, uma alternativa é pegar o Tren de los Volcanes. A composição sai da Estação Chimbacalle, em Quito, de sexta a domingo, e percorre cerca de 80 quilômetros. O percurso de quase nove horas segue em direção a Tambillo, Machachi e a Área Recreacional de El Boliche, próximo ao Parque Nacional Cotopaxi. No caminho, os passageiros podem ver 14 vulcões, incluindo o Cotopaxi, o Pichincha e o Rumiñahui, entre outros, além de uma vista exclusiva da Avenida de los Volcanes. (Da Redação, com informações de Estadão Conteúdo)

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