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Turismo de base comunitária estimula a sustentabilidade

Litoral Norte paulista oferece diversidade de atividades que possibilitam imersão na cultura regional

02 de Maio de 2023 às 00:01
Cruzeiro do Sul [email protected]
O passeio na Fazenda de Mexilhão da Cocanha é uma das opções em Caraguatatuba
O passeio na Fazenda de Mexilhão da Cocanha é uma das opções em Caraguatatuba (Crédito: DIVULGAÇÃO)

 

O Litoral Norte de São Paulo é um destino que reúne não só belezas naturais, mas também muita história e cultura de seus povos tradicionais -- caiçaras, quilombolas e indígenas. 

Entre a Mata Atlântica e o mar, essas comunidades mantêm tradições e costumes que foram passados de geração em geração. Eles vivem da pesca artesanal, da agricultura de subsistência e do turismo.

O Circuito Litoral Norte de São Paulo, formado pelos municípios de Bertioga, Caraguatatuba, Ilhabela, São Sebastião e Ubatuba, vem desenvolvendo atividades turísticas sustentáveis, como o Turismo de Base Comunitária (TBC). 

“O Turismo de Base Comunitária, além de proporcionar uma experiência singular para o turista que deseja vivenciar a fundo a cultura do destino que ele está visitando, contribui para a preservação do patrimônio cultural, geração de renda e desenvolvimento sustentável para as comunidades locais”, diz o presidente do Circuito Litoral Norte de São Paulo, Caio Matheus. 

Na região, esses roteiros visam preservar a rica biodiversidade regional e valorizar a cultura caiçara, indígena e quilombola que formam a população local. 

Em Bertioga, por exemplo, é possível visitar as Terras Indígenas Ribeirão Silveiras. A comunidade tem trilhas, riachos e área de camping, com opção de alimentação tradicional indígena. Na cidade, há também as bases comunitárias Vila da Mata e Sítio São João, que oferecem vivências com a comunidade nas hortas comunitárias e centro de vivências, além de observação de aves e trilhas ecológicas, entre outros. 

Já em Caraguatatuba, os visitantes que desejam se integrar à comunidade local podem fazer um passeio na Fazenda de Mexilhão da Cocanha. O tour é realizado pela Associação de Pescadores e Maricultores da Praia da Cocanha (AMAPEC) e busca garantir a preservação ambiental e cultural dessa prática no local, que é considerada a maior fazenda de mariscos do Estado, com 36 mil metros quadrados e produção de até 160 toneladas ao ano. 

O roteiro de visitação inclui apresentação do funcionamento da fazenda, processo de reprodução do mexilhão, práticas de cultivo e técnicas de preparação para a venda do produto. Na ilha, a apenas 500 metros da praia no continente, é possível ainda provar a iguaria em pratos típicos locais. 

Em Ilhabela, o projeto Turismo de Base Comunitária na Baía dos Castelhanos recebe os visitantes apresentando o lado oceânico da ilha. 

Nesse projeto, são protagonistas da visitação as seis comunidades tradicionais caiçaras que se baseiam principalmente na pesca, artesanato e gastronomia. O roteiro inclui as trilhas da Queda, da Figueira, Mansa e Vermelha, além de passeio de barco comandado pelos próprios nativos e oficinas de cestarias. Os visitantes podem ainda experimentar pratos feitos com frutos do mar e produtos locais, como Azul Marinho, Caldeirada, Lambe-Lambe e Lula com Taioba. 

Em São Sebastião, a Rota Caiçara é um importante exemplo de Turismo de Base Comunitária que preserva a cultura do povo tradicional do litoral. O passeio é um projeto desenvolvido pela Associação de Pescadores de Boiçucanga e sai da praia de mesmo nome, oferecendo uma imersão na cultura caiçara em um percurso de três horas. 

No roteiro, além de conversar com moradores antigos, que contam sobre a história do povo (como viviam, costumes, divisão de tarefas, aspectos da religião e o que aconteceu com o povo caiçara com o passar dos anos), há degustação de café da manhã típico com café coado na garapa e bolinho de taioba e passeio de barco guiado pelos pescadores locais, percorrendo pontos como o cerco flutuante e a Ilha dos Gatos. 

Ubatuba também tem focado bastante na questão do Turismo de Base Comunitária, considerando este como um dos maiores diferenciais e atrativos, principalmente para a baixa temporada. 

No lado sul da cidade, há a Aldeia Renascer Ywyty Guaçu, que abriga famílias indígenas tupi guarani e guarani, e está aberta à visitação mediante agendamento prévio. Assim como o Quilombo da Caçandoca, que tem trabalhado com a questão do TBC nas praias de Caçandoca e Caçandoquinha, entre a Trilha do Saco das Bananas. E o Quilombo da Fazenda, um dos mais desenvolvidos para o recebimento de turistas, trabalhando a gastronomia típica na Praia da Fazenda e a Casa da Farinha, com trilhas, atividades de ecoturismo e cultura quilombola. 

O Consórcio Intermunicipal Turístico Circuito Litoral Norte de São Paulo vem se consolidando como referência neste segmento para o Estado, apresentando uma gestão integrada e focada no desenvolvimento conjunto das cidades participantes. 

Saiba mais sobre o Litoral Norte de São Paulo acessando: www.circuitolitoralnorte.tur.br. (Da Redação, com informações de @sigaomapa.sorocaba)

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