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Ecologia

A força do turismo em áreas naturais

Setor em expansão, turismo de natureza é um meio de proteção do meio ambiente e de desenvolvimento econômico

02 de Novembro de 2021 às 00:05
Cruzeiro do Sul [email protected]
Visitação de turistas às áreas protegidas brasileiras geraram 90 mil empregos e R$ 3,8 bilhões em valor agregado ao PIB em 2018
Visitação de turistas às áreas protegidas brasileiras geraram 90 mil empregos e R$ 3,8 bilhões em valor agregado ao PIB em 2018 (Crédito: Divulgação)

Segundo dados de 2020 do Conselho Mundial de Viagens e Turismo (WTTC, na sigla em inglês), a indústria do turismo é uma das mais potentes em termos de crescimento econômico e geração de empregos. Antes da pandemia da Covid-19, seus impactos diretos, indiretos e induzidos somaram US$ 8,9 trilhões em contribuições ao Produto Interno Bruto (PIB) global, representando 10,3%, e geraram cerca de 330 milhões de empregos -- o equivalente a um de cada dez postos de trabalho no mundo ou um de cada quatro novas vagas, se forem considerados apenas os últimos cinco anos.

No Brasil, o turismo é responsável por 8,1% do PIB e gera aproximadamente 7,4 milhões de empregos, muitos em pequenos e médios negócios e em atividades autônomas, como artesãos e guias turísticos (dados de 2020, do WTTC).

Como resultado da visitação de turistas às áreas protegidas brasileiras, foram gerados cerca de 90 mil empregos, R$ 2,7 bilhões em renda e R$ 3,8 bilhões em valor agregado ao PIB no ano de 2018, segundo as informações mais atualizadas do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), órgão responsável por gerir as unidades de conservação federais.

Portanto, alavancar o turismo de natureza é não apenas um meio de proteção do meio ambiente como também uma forma de desenvolvimento socioeconômico

Nesse sentido, a Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza promove nos dias 3, 4 e 5 de novembro, das 10h às 12h, o evento on-line Destino Natureza Turismo em Unidades de Conservação. O objetivo é promover o diálogo e aproximar diferentes públicos, estimulando o fortalecimento do turismo em áreas naturais atividade com potencial para contribuir com a proteção da natureza e com o desenvolvimento socioeconômico de comunidades locais e do Brasil. Os interessados precisam fazer a inscrição para terem acesso à plataforma que concentrará as palestras e debates. A participação é gratuita.

Voltado a gestores de unidades de conservação, empreendedores de serviços e produtos de turismo, investidores, poder público, comunidades de entorno, promotores de Justiça, academia, organizações da sociedade civil, entre outros, o evento contará com a participação de especialistas em diferentes áreas para retratar o potencial transformador do turismo em áreas naturais. Outros pontos a serem abordados são concessões e mecanismos de investimento para aprimorar serviços e instalações de unidades de conservação.

“O turismo tem potencial para movimentar a economia, contribuir com a preservação da natureza e ainda promover o desenvolvimento das comunidades do entorno de unidades de conservação. Foi um dos setores mais afetados durante a pandemia, mas agora pode ser retomado gradualmente, com segurança. Diante do déficit de natureza que boa parte da população viveu nos últimos meses, as experiências ao ar livre e em áreas naturais têm ganhado cada vez mais importância”, afirma o gerente de Conservação da Biodiversidade da Fundação Grupo Boticário, Emerson Oliveira.

Programação

A cada dia, o evento trará uma temática e foco diferentes. No primeiro dia, o diálogo estará voltado para a conexão de destinos de natureza e a gestão de unidades de conservação com o mercado de turismo. Entre os convidados, estão Vinícius Viegas, presidente da Associação Brasileira das Empresas de Ecoturismo e Turismo de Aventura (Abeta); e Marion Silva, gerente de Ciência e Conservação da Fundação Boticário.

No segundo dia, a programação estará relacionada com o desenvolvimento socioeconômico e com estratégias de investimento em negócios do turismo de natureza. A programação é voltada a órgãos gestores de unidades de conservação, agências financiadoras, prestadores de serviços de apoio à visitação e uso público em unidades de conservação, entre outros setores.

Já no último dia do evento, o debate estará voltado para processos de concessões de serviços de uso público em unidades de conservação e para a atuação do Ministério Público no fortalecimento de áreas protegidas.