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Turismo

Nas entranhas do Coliseu

Pela primeira vez em 20 séculos, labirinto de corredores do monumental anfiteatro romano será aberto ao público

06 de Julho de 2021 às 00:01
Da Redação com Estadão Conteúdo [email protected]
Obras para a abertura dos bastidores abaixo do palco do Coliseu duraram dois anos.
Obras para a abertura dos bastidores abaixo do palco do Coliseu duraram dois anos. (Crédito: DIVULGAÇÃO / SHUTTERSTOCK)

Após dois anos e meio de trabalho para escorar as passagens subterrâneas do Coliseu, em Roma, os turistas poderão descer e caminhar por parte do que havia sido os “bastidores” da antiga arena. O ministro da cultura da Itália anunciou formalmente, na semana passada, a conclusão do trabalho para escorar e restaurar a seção subterrânea na presença do fundador da Tod’s, fabricante de calçados e artigos de luxo, que pagou a restauração.

Durante séculos, quando os espectadores encheram o Coliseu para assistir a espetáculos repletos de gladiadores e animais selvagens, o público foi proibido de se aventurar abaixo do nível do palco. A proibição durou de 80 d.C., quando o anfiteatro foi inaugurado, até o último show, em 523. Dezenas de plataformas móveis e elevadores de madeira foram usados nos tempos antigos para transportar até o nível do palco cenários vívidos, bem como artistas e animais para entradas dramáticas.

A diretora do Coliseu, Alfonsina Russo, disse que os turistas poderão caminhar por uma passarela de 160 metros de comprimento para ver alguns dos que eram originalmente 15 corredores que circundavam os níveis subterrâneos. O trabalho de restauração por equipes de engenheiros, agrimensores, operários da construção, arquitetos e arqueólogos foi interrompido durante parte da pandemia de Covid-19.

Em maio, o ministro da Cultura, Dario Franceschini, detalhou um projeto para construir um palco leve dentro da área para que os visitantes possam admirar o antigo monumento de um ponto de vista central. O palco será retrátil. A arena original tinha um palco, mas foi removido em 1800 para exploração arqueológica do nível subterrâneo. A nova etapa também permitirá a realização de eventos culturais que, segundo o ministro, respeitariam o Coliseu como símbolo da Itália. (Da Redação, com Estadão Conteúdo)