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Turismo

Trilhas de longo curso conectam paisagens

Estruturação de destinos ecológicos visa ampliar oferta turística no pós-pandemia

08 de Junho de 2021 às 00:01
Da Redação [email protected]
(Crédito: DIVULGAÇÃO / ICMBIO)

O Ministério do Turismo incluiu a Rede Nacional de Trilhas de Longo Curso e Conectividade na lista de prioridades para a retomada do turismo brasileiro após a pandemia de Covid-19. O anúncio foi feito no sábado (5), em meio às comemorações do Dia Nacional do Meio Ambiente. A Rede, criada por voluntários da sociedade civil em parceria com o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), tem o objetivo de conectar paisagens e ecossistemas brasileiros para promover a estruturação e a ampla visibilidade da oferta turística de natureza no País.

Atualmente, 120 trilhas localizadas em 390 Unidades de Conservação (UC) do Brasil fazem parte do projeto e 5.500 quilômetros já foram sinalizados. As trilhas são identificadas com um símbolo de “pegadas” amarelas e pretas e podem ser percorridas a pé, de bicicleta ou utilizando outros modos de viagem não motorizados. A meta do RedeTrilhas é chegar a 10.500 quilômetros nos próximos cinco anos, consolidar a identidade visual da rede e movimentar mais de 2 milhões de pessoas anualmente.

O ministro do Turismo, Gilson Machado Neto, destaca que atrativos em meio à natureza serão cada vez mais procurados pelos turistas, por serem ambientes abertos e longe de aglomerações. “No cenário pós-pandemia, as pessoas vão cada vez mais em busca de destinos de natureza para se reconectarem com o meio ambiente e pela segurança que esses locais proporcionam. É um segmento de extremo potencial. Não há nada como o nosso País para o ecoturismo. Temos seis biomas incríveis que precisam ser valorizados e conhecidos pelos brasileiros e por turistas internacionais”, ressaltou o ministro.

Recentemente, foi inaugurada a sinalização de um trecho da trilha carioca Trans Cabo Frio, composta por sete trilhas locais, que totalizam 53 quilômetros. Durante a caminhada, que acontece dentro do Parque Estadual da Costa do Sol, é possível conhecer atrativos como a Ilha do Japonês, o Farol da Lajinha, a Praia Brava, a Caverna dos Escravos e a Ponta do Chapéu.

Também neste ano, os 330 quilômetros do Caminho de Cora Coralina passaram a integrar a RedeTrilhas. O percurso passa pelas cidades históricas de Corumbá de Goiás, Pirenópolis, São Francisco de Goiás, Jaraguá e o município de Goiás, abrangendo também as cidades de Cocalzinho de Goiás, Itaguari e Itaberaí.

O secretário nacional de Desenvolvimento e Competitividade do Turismo, William França, pontua que as trilhas são de extrema importância para o desenvolvimento econômico de toda a região onde estão localizadas. “Muitas vezes são necessários alguns dias para realizar as trilhas e isso movimenta toda a cadeia produtiva da região, como hospedagens, comércio, bares e restaurantes, além de ser uma oportunidade para conhecer outros atrativos turísticos das cidades próximas”, comenta França.

Trilhas sinalizadas

A RedeTrilhas é identificada pelo símbolo de pegadas pretas e amarelas. - DIVULGAÇÃO / ICMBIO
A RedeTrilhas é identificada pelo símbolo de pegadas pretas e amarelas. (crédito: DIVULGAÇÃO / ICMBIO)

Entre as trilhas já sinalizadas, estão o Caminho da Serra do Mar (RJ), a Transcarioca (RJ), a Transmantiqueira (RJ/MG/SP), a Rota Darwin (RJ-PE), a Rota Guarumã (PA) e o Caminho das Araucárias (RS/SC), que integram o corredor Litorâneo; o Caminho de Cora Coralina (GO), os Caminhos do Planalto Central, o Caminho dos Veadeiros e o Caminho da Floresta Nacional de Brasília, que fazem parte do Caminhos dos Goyases; a Trilha Chico Mendes (AC); a Rota dos Pioneiros (PR) e a Transespinhaço (MG).

Instituída em 2018, a RedeTrilhas é composta por percursos que ligam diferentes biomas de Norte a Sul do País. A iniciativa tem o objetivo de reconhecer e proteger rotas pedestres de interesse natural, histórico e cultural, além de sensibilizar a sociedade para a importância do Sistema Nacional de Unidades de Conservação (Snuc).

O site oficial do projeto (http://www.redetrilhas.org.br/) reúne informações detalhadas sobre cada trilha, servindo de guia para os visitantes.

Além das trilhas já integrantes do programa, a Rede está aberta a novas roteiros. As propostas de adesão devem ser apresentadas ao Ministério do Meio Ambiente em meio físico ou enviadas para o e-mail [email protected]. Elas podem ser encaminhadas por órgãos públicos, organizações da sociedade civil ou entes privados, de acordo com os requisitos para adesão estabelecidos na Portaria Conjunta MMA/MTur/ICMBio nº 500, de 15 de setembro de 2020. (Da Redação, com informações do ICMBio)

 

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