Para muitas pessoas, segurança cibernética significa não entrar em links suspeitos e ter uma senha no celular. Porém, a rede Wi-Fi também deve ter uma proteção forte para evitar invasões indesejadas, que podem comprometer arquivos e gerar vários problemas.

De acordo com este estudo realizado em Israel, cerca de 70% das senhas de Wi-Fi podem ser identificadas facilmente. A boa notícia é que proteger a rede também não é difícil e, por isso, quem quer se proteger mais só precisa tomar algumas medidas. Confira!

Defina uma senha forte

Como não poderia deixar de ser, o primeiro passo para tornar a rede Wi-Fi mais segura é escolhendo uma senha forte. Sequências numéricas como 12345 são fáceis de decorar, mas óbvias de serem descobertas.

Para quem não tem ideia de como pensar em uma senha forte, vale misturar números letras e palavras aleatórios, ainda que tenham, de longe, um sentido. Por exemplo: se a dona da rede se chama Maria Isabel e o marido Roberto da Silva, a senha pode ser "Im09sR08'', ou seja, as letras dos nomes invertidas com os meses de nascimento de ambos ao lado. Para não esquecer, claro, é importante anotar o código que gerou em um papel em local seguro.

Além disso, existem gerenciadores de senhas, capazes de criar códigos aleatórios e robustos para os usuários. Sem contar que essas ferramentas lembram os usuários de trocar de senha de tempos em tempos, o que também ajuda a aumentar a segurança.

Atualize o protocolo de segurança

Será que o protocolo de segurança adotado pelo roteador é o melhor? Muitas vezes não. Ainda hoje, boa parte dos aparelhos aplicam protocolos do tipo WEP, ou seja, um jeito antigo e, por isso, pouco protetor.

O protocolo WPA2 com a norma 802.1x ou com criptografia é mais seguro. Vale também ficar de olho para saber se existe algo mais atual e que pode garantir mais segurança. Não é necessário manter o que vem no dispositivo, caso esteja defasado, principalmente para quem tem uma empresa.

Use uma VPN

Já que a rede Wi-Fi é algo tão importante e que precisa ser protegida, o ideal seria ter uma espécie de intermediário entre ela e os dispositivos, certo? Na verdade, essa barreira existe e é a rede virtual privada (VPN).

As VPNs oferecem uma proteção extra para os aparelhos que acessam a internet. Então, caso o Wi-Fi esteja desprotegido, o celular que estiver conectado não estará exposto, pois o aparelho está com os dados criptografados “escondidos” de intrusos, mesmo que você use uma VPN gratuita. Esse tipo de rede também serve para quem quer acessar conteúdos de outros países, mas não consegue. Como a VPN camufla os dados e a localização, o usuário pode se passar por alguém que está em outro lugar.

Ative o firewall

Assim como a VPN, o firewall é um recurso que ajuda a bloquear a entrada de invasores. Nesse caso, a ferramenta atua como um filtro que evita que as informações sejam corrompidas por pessoas mal intencionadas. Todos os roteadores têm firewall, porém, ele costuma vir desativado. Para habilitá-lo, basta ter o número IP do aparelho. Isso é bastante simples e pode ser feito buscando executar na barra de Iniciar. Em seguida, digite a palavra cmd e veja uma aba preta abrir. Esse é o prompt de comando, onde deverá ser escrito ipconfig/all. Várias linhas aparecerão, mas apenas o item gateway padrão importa agora.

Com o número do IP copiado do gateway padrão, é só escrevê-lo no navegador e acessar as configurações do roteador. Uma tela será aberta com várias informações do aparelho, sendo que em uma está o firewall. Basta ir até lá e ativar o recurso.

Atualize o firmware

Diferentemente do que ocorre nos sistemas operacionais, o firmware não é atualizado de maneira automática. Como as atualizações ajudam a diminuir os riscos de vulnerabilidade e aumentar a segurança, é importante realizar o upgrade de acordo com o fabricante do roteador.

Manter a rede Wi-Fi protegida é necessário para proteger os dados e aparelhos conectados. Mas, como se viu, basta algumas medidas para fazer com que ela esteja mais segura contra possíveis invasores.