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Astronomia

Professor da UFSCar viaja para o Irã e é homenageado

Na viagem ele esteve em nove cidades, fez seis palestras e participou de muitas reuniões

27 de Maio de 2022 às 11:03
Cruzeiro do Sul [email protected]
Professor Paulo Sergio
Professor Paulo Sergio (Crédito: Arquivo Pessoal)

O texto a seguir é uma narrativa colhida do relato da viagem que o professor Paulo Sergio Bretones, do Departamento de Metodologia de Ensino da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) fez ao Irã. Nesse relato, ele conta a experiência que teve em sua passagem por nove cidades.


No mês de março passado, o Prof. Paulo Sergio Bretones, do Departamento de Metodologia de Ensino da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), viajou para o Irã, onde permaneceu por 17 dias. Experiência que vale a pena ser contada pela história e cultura desse país. Ele foi convidado devido à colaboração com colegas iranianos em eventos e, também, pelo projeto “Dia da Astronomia nas Escolas”, promovido pela Comissão de Educação em Astronomia e Desenvolvimento da União Astronômica Internacional (IAU). O projeto considera importantes as datas dos inícios das estações do ano, nos equinócios e solstícios, parte da Lista do Patrimônio Imaterial da Humanidade pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultua (UNESCO) como tradição cultural. Em anos anteriores promoveram a noite de Yalda, o início do inverno no Irã, e durante a sua viagem ocorreu o Nowruz, em 20 de março, dia do ano novo iraniano e de regiões vizinhas, da África à Ásia.

Nessa viagem ele esteve em nove cidades, fez seis palestras e participou de muitas reuniões, uma delas com o subministro da educação, Mohammad Mahdi Kazemi. As palestras são um estímulo a estudos em educação em Astronomia e formação de professores e estudantes em universidades e outas instituições. No Irã, muitos projetos são resultados de esforços de instituições como a União Astronômica de Professores Iranianos (ITAU) e a Rede Internacional de Estudantes de Astronomia (SINA). Ele também participou de reuniões e fez palestras em vários sistemas de ensino regionais e locais de pesquisas para professores e alunos, quando foi entrevistado, em várias oportunidades, pela mídia local. Em visita ao planetário de Teerã, uma dessas entrevistas foi feita pelo diretor local e divulgada no Dia Internacional de Planetários, ocorrido em 14 de março. Após visitar o observatório de Biruni, a 1.740 metros de altitude, parte do campus da Universidade de Shiraz, fez uma das muitas palestras. Na cidade está o Complexo de Dastgheib onde são feitas observações do céu com estudantes.

Em Pasárgada, fez palestra e foi homenageado com faixas e um certificado pelo prefeito local. Lá teve oportunidade de visitar a tumba do imperador Ciro II. Algumas viagens foram feitas de avião, outras de carro, passando por estradas no interior de belas montanhas e desertos iranianos. É o caso da montanha de Beyrami, onde está preservado o Castelo de Shirineh, considerado patrimônio da UNESCO. Nessa localidade, participou do Chaharshanbe Suri, festival celebrado na véspera da última quarta-feira antes do Nowruz.

Visitou, ainda, vários museus de história antiga, islâmica e castelos. Entre eles, o Castelo de Karim Khan e o museu Pars, onde está exposto um quadro com Jesus, Maria e Hafez, poeta e filósofo persa, respeitado por hindus, cristãos e judeus, além do mausoléu em Shiraz. Conheceu ainda obras de Al Sufi, Avicena, Rasis, Omar Khayyam e muitos outros. O Irã era o centro do império persa, que existiu há 2.500 anos, como pode ser visto no Museu do Golfo Pérsico, na cidade de Bushehr, de frente para o Golfo Pérsico. Na Universidade de Bushehr fez outra palestra, além de reunião com Arash Khosravi, diretor da área de assuntos internacionais e estudantes estrangeiros visando colaborações na área. Mais tarde foi entrevistado em um programa pela TV Bushehr.

Na praia de Bandar, participou das comemorações do Nowruz, com música na vizinhança. A importância cultural do evento para a educação foi apresentada em uma reunião internacional online organizada pela IAU. Em Ahram, ele teve uma reunião com o líder religioso local. Em Persépolis, construída por Dario I e ampliada por seu filho Xerxes I, pôde ver relevos representando Aura Mazda, o deus do bem, segundo Zaratustra ou Zoroastro, um profeta e poeta nascido no Irã no século VII a.C. Ele foi o fundador do Masdeísmo ou Zoroastrismo, religião adotada oficialmente pelo Império Aquemênida (558–330 a.C.) que pode ter sido a primeira religião monoteísta ética da história. Seus ensinamentos formam um triângulo: bons pensamentos, boas palavras e boas ações - sempre e em todos os lugares.

Em Esfahan, visitou a Praça de Naghsh Jahan, com duas mesquitas e o Palácio de Ali Qapu. Por essa viagem ele deve muito a Hasan Baghbani, Mahdi Rokni, Hosein Khezri, Maryam Papar, Ali Reza Doosti, Parham Eisvandi e Gholam Reza Izadpanah entre outros por acompanharem-o. Uma viagem fascinante em um país com muita história e cultura que vale a pena ser conhecida. Ao final de tantas guerras, ao longo da história, atualmente, o Irã está em paz com o Iraque e outros vizinhos. Um povo muito gentil, onde as pessoas se cumprimentam dizendo: “Salam” e pondo a mão sobre o coração. (Da Redação)

 

 

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