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Adoção com responsabilidade
A decisão de criar um pet deve ser tomada com cautela

A adoção sempre é um gesto de amor e de solidariedade. Quando concretizada fortalece a família e traz alegria para os lares. Tem que ser sempre um gesto pensado, amadurecido para que um possível arrependimento não machuque o lado mais frágil da relação.
No caso dos bebês e das crianças, o processo judicial é longo e cheio de regras rígidas. Os futuros papais são analisados de cima a baixo até que se tenha a certeza de que são capazes de enfrentar esse envolvimento duradouro por anos a fio.
Com os pets a situação nem sempre é assim. Basta um impulso para se adquirir um animal, sem se atentar para as obrigações que esse gesto representa. A adoção, mesmo de um pet, tem que ser boa para ambos os lados. E não faltam casos de sucesso nessa relação cheia de amor, de companheirismo e de alegria.
É o caso da Andrea Sampaulesi. Ela tem três pets, a golden retriever Chanel, a chow chow Amora e a SDR Maya. A Chanel foi vítima de maus tratos durante algum tempo. Seus antigos tutores adoravam viajar e não se preocupavam muito com a cadela que passava longos período sozinha. Foi nessa época que Andrea conseguiu a guarda da Chanel. Para garantir uma vida melhor para a cachorra ela, literalmente, a comprou dos seus antigos donos. Foi a partir desse gesto que a cadelinha passou a ter uma vida de convivência social, longe dos muros que a cercavam. Junto com suas novas irmãs, Amora e Maya, Chanel ganhou uma segunda chance de ser feliz, fazendo passeios diários e tendo toda a atenção que lhe foi negligenciada nos primeiros meses de vida. Andreia diz que seus destinos já estavam traçados, pois parece que a Chanel sempre fez parte da sua vida e que ela é uma companhia incrível.
E essa história de destino é mesmo incrível. Foi assim que a border collie Hana entrou na vida do analista de sistemas Diego Oliveira, de 31 anos. E nada foi por acaso. Ele teve o primeiro contato com um cachorro dessa raça quando era adolescente, em uma praia do litoral sul de São Paulo. Naquele dia, Diego viu um cachorro na areia, com um graveto na boca, esperando alguém para brincar. E logo se ofereceu. Foram horas de diversão. Depois de muito brincar com o cão, ele se apaixonou de tal forma que nunca mais o tirou a história da cabeça e começou a pensar: ‘Um dia eu vou ter um cachorro dessa raça‘. Muitos anos se passaram até que numa tarde Diego mexia no Instagram, em uma página de um canil que dispunha de um filhote idêntico ao que ele conhecera na adolescência. Ele ficou tão admirado e encantado que entrou em contato com o canil, que era em Pouso Alegre-MG, para buscar a Hana. Essa é a história dos dois, que hoje são muito felizes e fazem tudo junto, desde trilhas até passeios.
Já a pedagoga Juliana Maciel e seus dois filhos Guilherme e Luiza sempre gostaram de cachorros. Só que o trauma gerado pela perda de um animal de estimação querido era grande. Isso fez com que ela pensasse muito antes de adotar um outro pet. Por influência e insistência dos filhos, Juliana decidiu reabrir o coração para a chegada de um novo membro da família. Foi quando a yorkshire Cindy entrou em sua vida. ‘Quando ela chegou, a alegria também chegou‘. A pedagoga, que sempre teve cães de raças maiores, teve que aprender a lidar com uma cadelinha do tamanho da Cindy. Isso exigiu algumas adaptações e cuidados, mas de uma coisa ela tem certeza, a família ficou ainda mais feliz depois que a Cindy chegou.
Pets: a adaptação para animais idosos
Como estamos falando hoje de adoção, vai aqui uma outra dica. Na hora de escolher seu animal de estimação dê uma chance também para aqueles mais velhinhos que também estão nos abrigos à espera de carinho e de cuidados no fim da vida. Geralmente, o custo que um animal mais velho pode gerar, e a dificuldade de adaptação, são as primeiras justificativas de quem opta por um pet mais jovem ou filhote.
Mas será que realmente há essa diferença? O coordenador do curso de Medicina Veterinária da Faculdade Anhanguera, Rafael Abreu, explica que além de cuidados como vacinas e visitas regulares ao consultório, qualquer bicho irá precisar de atenção especial, independentemente da idade.
‘Os animais precisam de cuidados diferentes em cada fase da vida. Os filhotes também precisam de atenção na fase inicial, como maior supervisão para não roer objetos da casa. A grande diferença deles para um animal mais velho é que ele demandará cuidados especiais como adaptação dos ambientes para evitar que se machuquem, por exemplo‘.
O veterinário também lembra que quem adota um pet mais velho tem alguns prós: o animal idoso não vai crescer ou ter um tamanho muito maior do que o previsto, além de serem mais tranquilos, sendo uma boa companhia também para tutores idosos ou que moram em apartamento.
Confira algumas dicas para a integração de um animal idoso:
- Mantenha uma rotina: animais adoram rotina, hora correta para passeio, brincar, comer etc;
- Caso o animal tenha um pano preferido, caminha, pote de ração/água, ou até um brinquedo que goste, leve os itens com você para casa;
- Mantenha o pet ativo. Atividades e brincadeiras não são dispensáveis apenas porque o animal é mais velho. Brinque, estimule pulos e corridas. Saia para passear ao menos uma vez por dia;
- Choro, inquietude e grunhidos são normais nos primeiros momentos, principalmente depois de ficarem sozinhos por um tempo. Esses sinais são comuns e passageiros, então, não há com o que se preocupar, apenas ofereça amor e atenção;
- Mantenha as vacinas em dia e faça visitas periódicas ao veterinário.
Cãoluna do Leitor
O Telmo Cardoso mandou uma foto da Joana, essa dachshund de 1 ano e meio que adora passear no Parque Romeu Osório. Valeu pela participação.
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