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Como preparar os pets para a volta da rotina dos tutores

O fim do home office e do isolamento social podem impactar na saúde dos peludos

13 de Novembro de 2021 às 00:01
Cruzeiro do Sul [email protected]
Cuidar da alimentação e enriquecer o ambiente são dicas para ajudar na adaptação dos animais.
Cuidar da alimentação e enriquecer o ambiente são dicas para ajudar na adaptação dos animais. (Crédito: PIXABAY.COM)

Com a pandemia de coronavírus e o período de isolamento social, as pessoas mudaram seus hábitos e tiveram que se adaptar a uma nova realidade e, por consequência, seus pets também. Com a expansão do home office, a relação entre humanos e animais ficou ainda mais próxima.

Agora, com o avanço da vacinação e a retomada gradual das atividades, a rotina se altera novamente e os tutores precisam redobrar a atenção com um assunto que impacta diretamente na saúde e bem-estar do animal: a alimentação.

“Primeiramente, é importante ressaltar que não é aconselhável trocar a alimentação dos animais em situações de estresse e mudanças de rotina”, destaca Flavio Silva, mestre em nutrição de cães e gatos e supervisor de capacitação técnico-científica da PremieRpet. Portanto, manter o alimento habitual é sempre a melhor conduta, exceto se houver outra indicação do médico-veterinário do animal.

Flavio dá algumas dicas importantes para garantir a saúde alimentar do pet nessa fase. “A quantidade ideal varia de acordo com o peso, idade, nível de atividade física do pet e quantidade de energia disponível no alimento”, explica. “No verso da embalagem está a orientação de consumo diário. É muito importante seguir a recomendação e fornecer a quantidade ideal de alimento, além de água fresca e limpa para o período em que o pet ficará sem supervisão”, continua o veterinário. Segundo ele, uma boa ideia é espalhar os grãos pela casa, escondendo-os em objetos ou brinquedos, estimulando o pet a procurar pelo alimento.

Outra observação do profissional é com relação ao hábito que alguns tutores têm de compensar ausência com petiscos em excesso. “Tutores devem estar muito alertas para não compensar a sua ausência durante o dia dessa forma. Isso pode fazer com que os pets ganhem peso rapidamente, o que é um risco porque favorece o desenvolvimento de problemas de saúde”, pondera. A regra é: não ultrapassar 10% das calorias diárias com petiscos. Seguindo este cuidado, os animais continuarão saudáveis.

Apostar no enriquecimento ambiental é outra dica de Silva. “Pets podem se entediar facilmente ao ficarem sozinhos por muitas horas. Por isso, a dica é investir no enriquecimento ambiental”. Atualmente existem diversas opções de brinquedos que estimulam a movimentação, a atenção e o gasto energético dentro de casa. Além dos brinquedos, é importante reservar um período do dia para interagir com os pets, estreitando o vínculo com eles.

E, por último, Silvia lembra da existência de profissionais especializados em comportamento animal e é categórico no conselho aos tutores: “busquem ajuda sempre que necessário.” “Se observar mudanças no comportamento do pet, tais como alterações severas de apetite, latidos em excesso quando fica sozinho, comportamento destrutivo, automutilação, agressividade, entre outros, não deixe de procurar a orientação de um especialista em comportamento”, pondera e finaliza: “a saúde mental é tão importante quanto a saúde física e ambas estão diretamente relacionadas.” (Da Redação)