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Saúde

Frio aumenta ocorrência de gripe em pets

Cães e gatos também sentem as mudanças climáticas e a chegada do inverno inspira mais cuidado

26 de Junho de 2021 às 00:01
Da Redação [email protected]
Manter o animal aquecido, hidratado e bem alimentado são formas de prevenção.
Manter o animal aquecido, hidratado e bem alimentado são formas de prevenção. (Crédito: PIXABAY.COM)

No dia 21 de junho começou oficialmente o inverno, estação que afeta, principalmente, os Estados das regiões Sul e Sudeste. Nesse período, não são só os humanos que ficam mais sensíveis com a queda da temperatura, os pets também sentem a mudança climática e podem vir a adoecer se alguns cuidados não foram tomados. Para auxiliar os tutores, a médica-veterinária Alessandra Farias, orienta sobre as medidas de prevenção, diagnóstico precoce e tratamento ideal para as doenças de inverno.

Tosse, secreção nasal, olhos lacrimejantes e falta de apetite são alguns dos sintomas de doenças que podem atingir cães e gatos no inverno, inclusive os que passam a maior parte do tempo dentro de casa. “Mesmo tendo a temperatura corporal mais elevada que a nossa, em torno de 38,5ºC até 39,5ºC, a pelagem dos pets não é suficiente para mantê-los aquecidos durante esse período. É mito achar que os pets não sentem frio, sejam eles filhotes, cães idosos ou cães com pelagem longa ou curta. E vale frisar que, em geral, todos os pets sentem frio da mesma forma, cães ou gatos”, detalha a especialista.

De acordo com a médica veterinária, uma das principais doenças que acomete os cães no inverno é a gripe canina, mais conhecida com a “tosse dos canis”. Os sintomas, via de regra, são tosse, espirros, secreção nasal e falta de apetite. “É necessário observá-los logo no início, já que a gripe nos cães se assemelha muito a engasgos. Em alguns casos quando a tosse é muito forte podem ocorrer até vômitos com aspecto de espuma, pois os pacientes podem entrar em crises de tosse devido à piora do quadro”, detalha Alessandra.

A saúde dos gatos também precisa de mais atenção no inverno. - PIXABAY.COM
A saúde dos gatos também precisa de mais atenção no inverno. (crédito: PIXABAY.COM)

Com os gatos os cuidados devem ser os mesmos. Segundo a veterinária, mesmo parecendo mais resistentes que os cães, o inverno também potencializa a propagação de algumas doenças, como a rinotraqueíte felina, causada por um vírus altamente contagioso entre as espécies felinas. “Há maior incidência de casos em locais com grande quantidade de gatos e, geralmente, ocorre nos dias mais frios, com sintomas que vão de febre à desidratação, passando por secreção nasal, secreção ocular, falta de apetite, apatia e dificuldade de respirar e espirros”, pontua a profissional.

Outras doenças

Além das doenças já citadas, a veterinária elenca outras enfermidades comuns no período do inverno. “Segundo os estudos do Coronavírus Canino, de 2015, publicado na Revista Cientifica Eletrônica de Ciências Aplicadas da Faculdade de Ciências Sociais e Agrarias de Itapeva - SP (FAIT) e do Diagnóstico e Controle da Cinomose Canina, de 2013, da Publicações em Medicina Veterinária e Zootecni (PUVET)*, tanto o Coronavírus Entérico Canino quanto a Cinomose ocorrem mais no inverno. “No primeiro caso, os sintomas são: diarreia intensa, perda de apetite, vômito, desidratação, aumento de temperatura corporal, tremores e apatia, lembrando que esse coronavírus não é o mesmo que causa a Covid-19 em humanos. No segundo, da Cinomose, os sintomas são: vômito, febre, perda de apetite, dificuldades motoras e respiratórias, perda de equilíbrio, apatia, fraqueza, tosse, contrações musculares involuntárias e convulsões. Essas doenças podem, inclusive, ser prevenidas com as respectivas vacinas, sendo de suma importância estar em dia com o calendário de vacinação”, observa Alessandra.

Cuidados

Como qualquer outra época do ano, o inverno traz doenças típicas de sua temperatura. De acordo com a veterinária, a melhor forma de tratamento é a prevenção. “Assim como para nós, humanos, os cuidados são: manter os pets hidratados, com uma alimentação balanceada e utilizar vitaminas para manter a imunidade alta”, recomenda. (Da Redação)

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