Felinos
Onça-pintada enfrenta redução de seu habitat
No Brasil, a onça-pintada está em situação de vulnerabilidade. Crédito da foto: Divulgação
Pesando entre 60 e 160 quilos, a onça-pintada é o maior felino das Américas e o terceiro maior do mundo, atrás apenas do tigre e do leão. No entanto, ela que é uma das espécies-símbolo do Brasil, ilustrando a cédula de 50 reais, também é uma das mais ameaçadas. Com sua população em declínio, ao celebrar o Dia Nacional da Onça-Pintada, que acontece amanhã, é preciso destacar as medidas fundamentais para a sua preservação.
Não existem números oficiais sobre a quantidade de onças-pintadas no Brasil. Segundo o biólogo e membro da Rede de Especialistas em Conservação da Natureza (RECN), Roberto Fusco, que há mais de 15 anos estuda o animal, o que há são estimativas, geralmente calculadas com base em informações muito localizadas e a partir de diferentes metodologias. “Existe uma extrapolação. Na Mata Atlântica, Cerrado e Caatinga, por exemplo, a população provavelmente é menor que 300 indivíduos. Já no Pantanal é inferior a mil, enquanto que na Amazônia é menos do que 10 mil”, explica o pesquisador.
De acordo com a União Internacional para a Conservação da Natureza, a onça-pintada está próxima de ser classificada como ameaçada de extinção. No Brasil, porém, a onça-pintada já está ameaçada na categoria vulnerável, com perspectivas de agravamento da situação. Quando analisadas apenas as ocorrências do animal na Mata Atlântica, por exemplo, a espécie é classificada como criticamente em perigo, por já ter perdido 85% de seu habitat, ocupando apenas 3% da região.
Originalmente, a onça-pintada podia ser encontrada desde o sudoeste dos Estados Unidos até o centro-sul da Argentina e Uruguai. Atualmente a espécie é considerada extinta nos EUA. (Da Redação)