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Comportamento

Conheça a disfunção cognitiva em animais

21 de Junho de 2019 às 21:00

Conheça a disfunção cognitiva em animais

Cães e gatos também podem ter Alzheimer, também conhecida como disfunção cognitiva. Crédito da foto: Pixabay.com

A expectativa de vida dos pets vem aumentando cada vez mais. Graças aos cuidados de seus tutores e avanços na medicina-veterinária nos últimos anos, tornou-se relativamente comum encontrarmos cãezinhos e gatos de 14, 15 anos vivendo com qualidade incrível. A médica-veterinária Aline Carvalho de Oliveira destaca que junto com esse ganho na longevidade, algumas condições clínicas têm surgido com maior frequência.

 

Você já ouviu falar sobre a Síndrome da Disfunção Cognitiva, também conhecida como Déficit Cognitivo ou ainda “Alzheimer dos pets“? Como explica Aline, apesar de ter causa fisiopatológica diferente do Alzheimer humano, os sintomas podem ser muito semelhantes.

A veterinária afirma que os mais comuns são: confusão mental e mudanças de comportamento; alterações no ciclo sono-vigilia (trocar o dia pela noite); alterações no apetite ou ainda “esquecer” que comeu e solicitar comida novamente em horário não rotineiro; vocalização excessiva, principalmente à noite (latidos, uivos e miados muito altos como se estivesse com dor). Nessa fase da vida, os bichinhos podem também não reconhecer membros da família; andar sem rumo e compulsivamente e urinar ou defecar em locais inapropriados.

Investigação clínica e tratamento

Muitos desses sintomas são inespecíficos e podem estar relacionados a outros quadros, como tumores, doenças articulares, doenças oculares, doenças no trato urinário e digestivo. Por isso é muito importante descartar outras alterações antes de concluir o quadro como disfunção cognitiva. “Ao contrário do que diz o senso comum, as doenças do pet idoso podem e devem ser tratadas!”, pontua Aline.

Atualmente, existem no mercado pet diversos produtos que podem abrandar os sintomas e aumentar a quantidade e tempo de vida dos cães e gatos geriatras. “Um bom exemplo são os suplementos próprios para o idoso, que ajudam a combater radicais livres, aumentam o aporte de oxigênio para os tecidos cerebrais e ainda apresentam componentes que protegem as articulações.” “Cada caso deve ser avaliado individualmente pelo seu veterinário de confiança para estabelecer o protocolo mais adequado”, continua a médica-veterinária.

Por fim, Aline lembra da importância de garantir a qualidade de vida para os animais também na velhice. Cuidar bem do pet em todas as fases da vida é um ato de amor. “A melhor idade também merece ser vivida com qualidade pelo seu pet!”, finaliza a veterinária. (Da Redação)