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Stellantis, que controla Fiat e Jeep, traz a chinesa Leapmotor ao Brasil

Responsável por um em cada cinco carros vendidos no país, Stellantis também controla Peugeot, Citroën e Ram

01 de Novembro de 2025 às 20:30
Cruzeiro do Sul [email protected]
Com início das vendas prometidas para este mês, marca vai brigar com outras montadores chinesas
Com início das vendas prometidas para este mês, marca vai brigar com outras montadores chinesas (Crédito: DIVULGAÇÃO)

 

 

Em novembro chega ao mercado mais uma marca chinesa: a Leapmotor. Mas trata-se de uma chinesa um tanto abrasileirada. Isso porque a empresa chega pelas mãos da Stellantis. Responsável por um em cada cinco carros vendidos no país, o conglomerado detém o controle de nada menos do que Fiat (incluindo a submarca Abarth), Jeep, Peugeot, Citroën e Ram.

Com uma atuação tão ampla, por que, afinal, a empresa decidiu vender carros de mais uma marca localmente? É isso que o Jornal do Carro responde a seguir, ao tratar de como fica o portfólio do grupo com a chegada da “Leap”.

Segundo a própria organização, o plano é sempre garantir oferta de produtos abrangentes e assegurar que o consumidor encontre ali o que procura. “O cliente precisa de liberdade de escolha. Por isso não apostamos em um caminho único”, contou Erica Schwambach, vice-presidente de desenvolvimento de negócios da Stellantis, em evento recente para falar dos planos da Leapmotor para a região.

Com início das vendas prometido para este mês, a marca vai entrar na briga com outras montadoras chinesas, como BYD e GWM. A estratégia é garantir uma oferta aos consumidores que buscam carros com mais recursos digitais e novas tecnologias de propulsão. Os primeiros produtos serão o SUV híbrido C10 e o elétrico B10. Com isso, a nova marca agrega uma oferta que hoje, de fato, o grupo não tem.

Produção local?

No médio prazo, uma das possibilidades é produzir carros da “Leap” no Brasil. Os executivos da Stellantis dizem que esse plano está “em estudo”. Espaço para isso existe. O conglomerado conta com três fábricas no Brasil: em Betim (MG), Goiana (PE) e Porto Real (RJ). Esse último, enfrenta baixa ocupação da capacidade produtiva.

Enquanto a “Leap” briga para encontrar seu espaço, as marcas da Stellantis já estabelecidas no Brasil seguem com atuação dedicada a outros segmentos. A Fiat permanece como uma fabricante generalista, de alto volume.

Fiat

Entre janeiro e setembro de 2025, liderou as vendas de veículos no país por larga margem, respondendo 21% do total de veículos leves licenciados. A escala da frente italiana da companhia está apoiada em veículos de entrada e picapes leves e médias, como Strada e Toro.

A Fiat conta ainda com a submarca Abarth, que eleva carros da linha tradicional da empresa ao patamar esportivos. A Jeep também tem contribuição forte no grupo. Respondeu por quase 5% do tamanho do mercado brasileiro em 2025. Com valor de marca relevante para o consumidor local, oferece utilitários esportivos com ares aventureiros.

Citroën, Peugeot e Ram

Na frente francesa, a Stellantis conta com a Citroën e a Peugeot A primeira foi reposicionada como marca popular, de entrada, além de ter furgões e veículos utilitários. Mesmo com posicionamento de preço mais acessível, trata-se apenas da 13ª mais vendida do país, com só 1,5% de participação.

A Peugeot tem presença ainda mais modesta. Ocupa a 17ª posição do ranking de licenciamentos, respondendo por menos de 1% dos carros vendidos no país até setembro. A marca traz proposta de design e sofisticação, mas segue prejudicada por erros estratégicos cometidos anos atrás, quando o cliente enfrentava problemas no pós-venda.

Por fim, a Stellantis conta com a Ram, última marca lançada pela companhia no pais antes da Leapmotor, em 2018. Com foco em picapes de luxo, em poucos anos de presença no mercado, tornou-se uma grife no campo, cobriçada por agroboys e agrogirls. (Estadão Conteúdo)

 

 

 

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