Benê Gomes
Dupla brasileira se destaca na categoria cross-country do Rally Dakar 2024
A distância total da edição 2024 é de 7.891 km, nos quais 4.727 km são de especiais cronometradas
A 46ª edição do tradicional Rally Dakar, considerada a maior competição off-road do mundo, deu a largada no dia 5 de janeiro, em Al-Ula, e receberá a bandeirada final no próximo dia 19, em Yanbu, na costa do Mar Vermelho, na Arábia Saudita.
É o quinto ano consecutivo que a prova é realizada nesse país, mas a organização destacou que o atual percurso de 8 mil quilômetros conta com 60% de trechos inéditos, boa parte deles, formado por dunas.
E, como tradicionalmente acontece, nesta edição temos a participação de pilotos e navegadores brasileiros em diferentes categorias da prova.
É o caso da dupla da MSL, Gunter Hinkelmann e Fabricio Bianchini, que integra a equipe BBR Motorsport.
No último dia 9, o piloto Hinkelmann e o navegador Bianchini completaram a 4ª etapa do Rally Dakar 2024 na 37ª colocação. Inscritos na categoria protótipos cross-country, ambos competem a bordo de um modelo Taurus T3 Max (FIA), uma versão especial equipada com um motor 1.0 turbinado, de 170 cv, transmissão sequencial de cinco velocidades e tração 4x4.
O executivo e piloto Gunter Hinkelmann, mesmo ocupado com os seus negócios, mantém uma rotina forte com participações em diferentes corridas off-road do Brasil, como a Copa Mitsubishi, o Campeonato Brasileiro de Cross Country e também o Rally dos Sertões, maior competição do gênero na América do Sul (na qual competiu neste ano com uma picape Ford Ranger V8 4x4 construído pela equipe T1 X Rally).
Seu parceiro, o navegador Fabricio Bianchini, começou a carreira no segmento de duas rodas, incluindo uma participação no primeiro Dakar Sul-Americano em 2009.
Foi piloto de moto, UTVs e carro, e já disputou 18 vezes o Brasileiro de Cross Country e Bajas, em motos e UTVs.
O Dakar é o maior rali off-road do mundo e acontece sob regulamento do W2RC. A distância total da edição 2024 é de 7.891 km, nos quais 4.727 km são de especiais cronometradas.
Uma das novidades é a etapa de 48 horas (a sexta), partindo e chegando em Shubaytah, na região desértica chamada de “Quarteirão Vazio” (Empty Quarter), no deserto Rub’Al Khali, que cobre 650 mil km², sendo a maior área contínua coberta por areia no mundo.
Mesmo sendo considerada uma das etapas mais difíceis da história do Dakar, nesta edição, Gunter e Fabricio fizeram o melhor tempo deles desde o início da prova, e fecharam na 15ª colocação na geral.