Benê Gomes
Ranger Raptor, uma picape de competição liberada para andar nas ruas
No Brasil, a Ranger Raptor ainda não tem uma concorrente à altura, com a mesma oferta de conteúdo
Para desenvolver a Raptor, a Ford utilizou a plataforma da nova Ranger, mas é difícil fazer comparações diretas, porque se trata de um projeto que envolveu uma profunda alteração no conceito original.
Um exemplo? O visual encorpado e provocativo não é simplesmente uma proposta estética, mas consequência também do novo desenho do chassi, das bitolas maiores, das caixas de rodas alargadas para receberem as rodas e pneus especiais maiores e os amortecedores de competição Fox de curso longo.
Em medidas, a Raptor tem 5,38 metros de comprimento, 2,20 metros de largura, 1,92 metro de altura e bitola de 1,71 metro; só o entre-eixos é o mesmo da Ranger, com 3,27 metros.
Sob o capô, a Raptor traz o motor da linha Nano, o 3.0 V6 biturbo, de injeção direta e movido a gasolina, com 397 cavalos de potência e 59,4 kgfm de torque.
Entre os refinamentos, tem bloco de liga de ferro-grafite, cabeçote de alumínio e turbo com controle eletrônico das válvulas de alívio para redução do efeito lag.
E, para administrar essa força, usa a transmissão automática de 10 velocidades com calibração exclusiva para alta performance e sete modos de condução: normal, escorregadio, lama/terra, areia, esportivo, rock crawl e baja.
O resultado imediato é a aceleração de 0 a 100 km/h em 5,8 segundos, o que faz da Ranger Raptor a picape mais rápida do Brasil em todo terreno.
Para ajudar, tem o sistema de suspensão ativa, com amortecedores ajustáveis conforme a condição do piso, o que faz com que a Raptor ande em alta velocidade em terrenos muito acidentados como se estivesse no asfalto.
A tração é 4X4, tem diferenciais traseiro e dianteiro blocantes e os freios são a disco nas quatro rodas.
Assim, olhando tudo isso, muitos podem questionar o porquê de tanta capacidade em uma picape.
Para o gerente de marketing da Ford, Dennis Rossini, “no universo das picapes, as competições de rali geram um encanto em particular por reunirem picapes de off-road andando em alta velocidade. E a linha Raptor nasceu inspirada em uma prova rali tradicional do México, a Baja 1000, pela qual a Ford é a maior vencedora. Por isso, entrega essa capacidade fora dos padrões para andar muito rápido em qualquer tipo de terreno”.
Essa é uma boa definição para traduzir rápido a proposta da Raptor: é praticamente um modelo pronto para uma competição de rali, só que liberado para andar nas ruas.
Não por acaso, durante o testdrive de apresentação, pudemos experimentar uma manobra típica de competição off-road, fazendo um voo com o piloto da Ford.
Agora, no caso da Raptor, o legal é que seu proprietário tem condições de sair da pista de competição e, logo depois, colocar a família dentro do carro e seguir uma viajem tranquila e confortável de volta para casa.
A Raptor traz requintes de carro de luxo, como bancos esportivos com acabamento em couro, partes em suede e aquecimento, sistema de som premium com oito alto-falantes, painel de instrumentos digital de 12,4 polegadas de alta resolução, central multimídia Sync 4, também com tela de 12,4 polegadas (compatível com Android Auto e Apple Carplay sem fio) e sistema de navegação próprio.
Também não desafina na oferta de segurança e assistência ao motorista, com controle de cruzeiro adaptativo com Stop & Go, assistentes de pré-colisão e frenagem autônoma com detecção de pedestres e ciclistas, frenagem autônoma em marcha à ré, sete airbags, entre outros tão importantes.
No Brasil, a Ranger Raptor ainda não tem uma concorrente à altura, com a mesma oferta de conteúdo, garantia de entregar alta performance no asfalto e, em especial, na terra.
É um modelo pronto para atender clientes específicos e com poder aquisitivo compatível, e que ainda coloca a Ford em condição de provocar a concorrência quando a pergunta é: por que trazer a Raptor para o Brasil?
“Essa é a capacidade da Ford quando falamos de picapes, é uma prova que, se quisermos levar uma picape ao extremo, temos esse resultado”, enfatiza Rossini.
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