Benê Gomes
Volkswagen T-Cross mantém a relevância no segmento dos SUVs
Mesmo com reestilização ainda distante, modelo mantém-se com aspecto moderno

O segmento dos SUVs compactos é um dos mais disputados em nosso mercado atualmente. E não por acaso, tem bons representantes, entre eles, o VW T-Cross. Para quem acompanha com mais atenção o movimento do mercado de automóveis no país, sabe que o T-Cross não foi o primeiro da turma dos SUVs compactos a chegar no mercado.
Um atraso, sim, mas que permitiu à Volkswagen elaborar com mais cuidado o projeto do seu SUV compacto e levar vantagem com alguns aprimoramentos com base nos modelos que chegaram antes. Bem, passados quatro anos do lançamento (chegou em 2019), o T-Cross quase não mudou. Mantém as mesmas linhas sóbrias, mais quadradas, porém, bem equilibradas. Um estilo que o ajuda mesmo com quatro anos de vida, a manter-se com aspecto moderno.
Repassando algumas características do T-Cross, tem um ponto criticado por muitos, o acabamento neutro, todo em plástico, uma característica, aliás, encontrada em vários modelos VW. Só que tudo com qualidade, o desenho das peças é bonito, com partes bem montadas, sem nenhuma rebarba ou falhas de encaixe, por exemplo. Isso não deve impedir, claro, que depois de um tempo, surjam ruídos internos.
Então, vale lembrar disso antes de levar um para casa. Agora, na linha 2023, o T-Cross recebeu pequenos reforços, como o novo volante multifuncional com o também novo logo da marca, e ainda o carregador de celular por indução. Sem esquecer de outros diferenciais interessantes, que são itens de série na versão Highline: o painel de instrumentos 100% digital configurável e o multimídia com a boa tela de 10 polegadas, no qual está o moderno VW play, sistema exclusivo da marca com muitos recursos de conectividade. Tem bom espaço para cinco pessoas e um porta-malas que, se não é a melhor referência em tamanho, também não é ruim, com 373 litros de capacidade.
Depois, outra referência significativa e que oferece muita satisfação para quem dirige, é a motorização. O T-Cross conta com o motor 1.0 turbo de 128 cavalos nas versões de baixo, e o 1.4 turbo flex de 150 cavalos de potência e 25,5 kgfm de torque na versão Highline, opção em destaque nesta avaliação. Então, ao andar com o T-Cross, fica fácil perceber a disposição para acelerar, respostas ágeis bem facilitadas pelo bom trabalho da transmissão automática de seis velocidades. Para confirmar, é só conferir a boa aceleração de 0 a 100 km/h, feita em 8,6 segundos com etanol.
Acrescente ainda outra característica positiva dos modelos VW no geral, que é o acerto da suspensão diferenciado, bem equilibrado para entregar conforto pra família e uma certa dose de esportividade, se for esse o interesse do motorista. É um carro gostoso de guiar e que agrada a quem aprecia observar também o comportamento dinâmico, mesmo se tratando de um SUV um pouquinho mais alto. É um carro seguro, tem no currículo a nota máxima no teste de colisão da Latin Ncap, e disponibiliza também os modernos sistemas de condução semiautônoma.
Pois é assim que o VW T-Cross chega ao seu quarto ano de mercado brasileiro, realmente com poucas mudanças, mas sem perder a relevância no mercado. Neste ano, segue na vice-liderança de vendas, atrás apenas do Hyundai Creta.
Situação que pode mudar para melhor com a chegada da linha 2024, quando deverá receber sua primeira reestilização mais profunda, o que deve acontecer até o final do ano. A atenção maior, certamente, será para o desenho, para ficar alinhado com o visual dos novos Taos e Polo, por exemplo. Isso porque o pacote de equipamentos, tecnologia, motor e câmbio, que já é bom, deve seguir igual, apenas com alguns reforços. Algo que dificilmente seus fãs vão reclamar.
Preço VW T-Cross Highline 250 TSi: R$ 165.990
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