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Benê Gomes

Nova Montana chega com preço a partir de R$ 116.900

Modelo esbanja personalidade e vem para incomodar os modelos picapes da Fiat

11 de Fevereiro de 2023 às 23:01
Cruzeiro do Sul [email protected]
A Montana recebeu o mesmo conjunto de motor e câmbio do Tracker: o 1.2 turbo flex de 133 cv
A Montana recebeu o mesmo conjunto de motor e câmbio do Tracker: o 1.2 turbo flex de 133 cv (Crédito: DIVULGAÇÃO)

A nova Chevrolet Montana, finalmente, está chegando às lojas da marca de todo o País -- e com personalidade. Mesmo seguindo o padrão do segmento, a Chevrolet conseguiu imprimir um estilo próprio. A dianteira lembra a concorrente Fiat Toro sim, mas essa é a identidade dos novos modelos da marca. E a Montana ficou diferente porque tem lateral mais harmoniosa, com linhas quadradas e não tão ascendentes, as molduras de rodas são discretas e a traseira equilibrada, bonita.

Aliás, é na caçamba que a marca aposta pesado para que seja encarada como um grande porta-malas com espaço de 874 litros. O para-choque é dividido em duas peças e funciona como um degrau, a tampa tem abertura elétrica e amortecimento na abertura. Tudo bem amarrado com o Multiflex, sistema que reúne acessórios como prateleiras e uma prancha que permitem criar diferentes compartimentos para receber volumes de vários tamanhos. Coisa para gente que gosta de muita organização mesmo. Tem ainda a capota marítima com um exclusivo sistema de vedação para evitar a entrada de até 90% da água de chuva, segundo a marca. As rodas podem ser de 16 ou 17 polegadas e são de alumínio a partir da versão LT.

A posição de dirigir garante ampla visão; a bonita central multimídia tem bons recursos de conectividade - DIVULGAÇÃO
A posição de dirigir garante ampla visão; a bonita central multimídia tem bons recursos de conectividade (crédito: DIVULGAÇÃO)

Dentro, a Montana traz itens conhecidos, como volante do Tracker ou painel de instrumentos do Onix. Mas, tem a bonita central multimídia de 8 polegadas em posição elevada com moldura em preto brilhante que envolve também o conjunto de instrumentos. Traz os recursos de conectividade, inclusive espelhamento de smartphone sem fio e internet própria. O acabamento geral carrega muito plástico, mas, para ser justo, tudo é bem montado e com uma superfície macia ao toque, como um tipo de emborrachado, na parte frontal do painel.

Uma das promessas da marca era entregar espaço diferenciado atrás, com o ajuda do bom entre-eixos de 2,80 metros e o teto mais alto e quadrado. Na prática, ela recebe bem dois adultos com conforto para as pernas, desde que essas pessoas não tenham mais de 1,80 metro de altura. Não existe mágica para uma picape desse porte. Agora, é inegável a tranquilidade para quem senta atrás, porque a janela é ampla, o campo visual é bom e afasta sim, para quem se incomoda com isso, a desconfortável sensação de claustrofobia.


Motor e câmbio

A Montana recebeu o mesmo conjunto de motor e câmbio do Tracker: o 1.2 turbo flex de 133 cavalos e 21,4 kgfm de torque, e transmissão automática de seis velocidades. A receita caiu bem na Montana, mesmo sendo um pouco mais pesada. Tem agilidade nas arrancadas, trocas tranquilas e bem aproveitadas pela transmissão. Prova disso, é o bom 0 a 100 para um carro com essa proposta, alcançado em 10,1 segundos. Mas é uma picape pensada para ser usada como carro de passeio, sem expectativas de esportividade ou de robustez para o trabalho pesado. Merece atenção pelos números de consumo, com médias oficiais de 11,1 km/l na cidade, e 13,3 km/l na estrada (na versão automática e com gasolina).

A lateral é harmoniosa, mas é na grande e moderna caçamba que a Chevrolet aposta pesado - DIVULGAÇÃO
A lateral é harmoniosa, mas é na grande e moderna caçamba que a Chevrolet aposta pesado (crédito: DIVULGAÇÃO)

No mais, merece elogio ainda pela boa posição para o motorista. O painel parece ser mais baixo em relação ao Tracker, o campo de visão dianteiro é amplo, você consegue visualizar bem até a ponta do capô coisa que muita gente reclama e os retrovisores externos são grandes, ajudam nas manobras. A suspensão está bem acertada, a picape anda firme e confortável, com comportamento muito próximo de um SUV, como queria a marca também. Mesmo passando por lombadas e depressões típicas das nossas ruas (sozinho e sem carga), a Montana não provocou o “pula pula” clássico das picapes. Resultado do projeto que envolve pneus exclusivos 215/60 R16 ou 215/55 R17 com bastante atenção no eixo traseiro, que tem sistema de duplo batente de rigidez variável. Aliás, outro positivo é o bom isolamento acústico, detalhe que complementa um conjunto bastante agradável.

A Montana é bem segura, tem seis airbags, controles eletrônicos de tração e estabilidade, assistente de partida em rampa e recursos valiosos nas versões mais equipadas. Mas não tem, nem como opcional, recursos de condução semiautônoma. Os freios traseiros são a tambor, mas dimensionados para segurar bem a picape. Para compensar, além dos freios com ABS e distribuição eletrônica de frenagem, tem sistema que monitora e evita o superaquecimento das pastilhas.

A Montana chega bem e com quatro versões: 1.2T manual, mais a LT, LTZ e Premier, essas três com câmbio automático. A expectativa é concorrer diretamente com a Fiat Toro e até com as versões mais caras da Strada. Mas como não terá versão com cabine simples e nem tem a pretensão de ser uma picape para o trabalho. A Montana tem tudo para preencher um novo espaço no mercado e, como a Chevrolet espera, vender muito bem.

Preços Chevrolet Montana

1.2T Manual: R$ 116.890

LT 1.2T Automática: R$ 121.990

LTZ 1.2T Automática: R$134.490

Premier 1.2T Automática: R$ 140.490

Galeria

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