Benê Gomes
Maus hábitos tiram eficiência do cinto de segurança
O cinto de segurança automotivo é item obrigatório no Brasil desde 1997, mas o primeiro passo foi dado em 1994
Mesmo com tanta evolução tecnológica, o tradicional cinto de segurança ainda é o mais eficiente item desenvolvido para proteger motorista e passageiros dentro de um carro. O cinto de segurança automotivo é item obrigatório no Brasil desde 1997, mas o primeiro passo foi dado em 1994, quando a Prefeitura Municipal de São Paulo tornou obrigatório o uso de cinto nos bancos dianteiros de automóveis particulares que circulassem pela capital paulista. Uma medida que gerou polêmica naquele momento!
Hoje existem dois tipos de cinto de segurança: os convencionais, que equipam os carros mais antigos e sem airbags dianteiros; e os equipados com sistema de pré-tensionamento. O funcionamento do convencional é simples, apenas faz o travamento direto e evita que o passageiro seja projetado para frente ou saia do carro em uma colisão ou capotamento. Já o cinto com pré-tensionador tem apoio da eletrônica e conta com um sistema que percebe a desaceleração rápida do veículo para fazer o cinto enrolar um pouco antes do impacto. Desta forma, além de segurar, traz a pessoa um pouco para traz para manter a distância ideal em relação ao painel, algo fundamental para que haja espaço suficiente para o acionamento dos airbags.
Maus hábitos
O que muita gente não lembra é que o cinto de segurança também pode sofrer desgaste com o uso. Portanto, precisa de cuidados para não perder a eficiência. O primeiro passo é a atenção para alguns maus hábitos comuns. Exemplos? Soltar a trava bruscamente sem apoiar a fita durante a retração para que ela enrole na posição correta. Depois de muita repetição, o cinto pode torcer internamente e iniciar um processo que vai comprometer a estrutura da fita. Situação que fica mais complicada quando pensamos nos cintos com pré-tensionador.
Mas há situações piores, como usar o cinto de segurança para segurar caixas ou malas sobre o banco. Essa forçada de barra na utilização de um componente projetado para segurar o corpo humano, vai gerar desgaste acima da média em todo o conjunto.
Quando trocar?
Existe aquela situação que a gente não quer nem imaginar, mas que pode acontecer: um acidente. Quando há impacto grave, o conjunto é exigido ao extremo para cumprir sua função. Pois saiba que, após o impacto causado por um acidente, é imprescindível a substituição.
Não existe a possibilidade de reaproveitamento de um cinto de segurança após uma colisão, ainda mais no caso dos modelos com pré-tensionador. Após uma situação de estresse máximo, o sistema de pré-tensionamento simplesmente deixa de funcionar. Então, para manter a segurança, a única e indiscutível solução, é a troca imediata de todos os cintos de segurança. E nunca, mas nunca mesmo, considere utilizar um conjunto usado!
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