Benê Gomes
Como os automóveis, empilhadeiras seguem no rumo da eletrificação
Em 2015, a Yale Brasil ampliou sua capacidade de produção com a nova fábrica erguida em Itu

Automóveis, caminhões e motocicletas são veículos que facilitam nossa vida, não há dúvida. Agora, se voltamos a atenção para a indústria, por exemplo, há outros veículos tão importantes. É o caso das empilhadeiras, veículos desenvolvidos para transportar cargas em grandes galpões de estoque, organizar volumes verticalmente e que facilitam a vida dos profissionais que precisam carregar caminhões.
A indústria das empilhadeiras nasceu pouquinho tempo após o automóvel, portanto, tem um longo caminho de evolução e hoje produz modelos para diferentes aplicações, dos armazéns logísticos de pequeno porte à grande indústria metalúrgica, automotiva ou ao setor agrícola, até aos grandes portos e seus navios cargueiros.
Momento de transição
Fato marcante é que, à medida que as iniciativas de emissão zero começaram a ganhar impulso na indústria automotiva, o mesmo aconteceu com o segmento de empilhadeiras. É o que confirma Marcel Rangel de Barros, gerente de negócios da Yale Brasil, fabricante de empilhadeiras que pertence à Hyster-Yale Group, Inc., e que tem operações em nosso País desde 1957.
Em 2015, a empresa ampliou sua capacidade de produção com a nova fábrica erguida em Itu (SP), onde emprega atualmente 387 colaboradores diretos e indiretos, gerando também um forte movimento econômico para a região.
“Hoje disponibilizamos em nosso portfólio equipamentos com baterias de chumbo-ácido e íon lítio, priorizando o suporte ao cliente que opta pela mudança da combustão para energia elétrica”, explica Barros. Nesse sentido, o setor também segue a trilha dos automóveis ao apostar na propulsão elétrica sustentada por baterias de íons de lítio e células de combustível a hidrogênio.
Mas, no Brasil, as tradicionais baterias de chumbo-ácido, sabidamente menos eficientes e que exigem cuidado adicional no manuseio, seguem como opção preferencial das empresas de pequeno porte, pois oferecem custo mais acessível. Já as baterias de íons de lítio, bem mais eficientes, modernas e seguras, são a prioridade das grandes empresas.
Redução de custos
De acordo com Marcel Barros, da Yale Brasil, ao comparar despesas de consumo de combustível entre duas empilhadeiras de 2,5 toneladas, uma a combustão e outra elétrica com chumbo-ácido, é possível reduzir os custos em cerca de 80%.
Já com as grandes operações e frotas, o investimento é bem maior, porém, a redução de custos é proporcional. Segundo o executivo, uma bateria de íon lítio oferece garantia de 3.000 ciclos de utilização e tem capacidade de recarga de até 50% em 30 minutos. E merece destaque por se tratar de uma tecnologia limpa e eficiente, que não emite gases.
Agradecimento: https://www.yale.com/pt-br/brazil/
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