Benê Gomes
A importância dos testes automotivos de colisão
Cenário que nos obriga a pensar diferente agora, com automóveis modernos e rápidos
Como a gente sabe, até pouco tempo atrás a preocupação com o nível de segurança dos automóveis passava longe da lista de prioridades de quem pretendia comprar um carro. Cenário que nos obriga a pensar diferente agora, com automóveis modernos e rápidos. Mas essa tarefa até que ficou leve para nós consumidores pois, além dos testes realizados pelas próprias fabricantes, hoje contamos com o trabalho de instituições independentes com alta credibilidade -- como é o caso do Latin NCAP, que atua na região América Latina e Caribe que executam testes de impacto em veículos novos e divulgam o ranking do mais seguros.
Cinco estrelas
Já é bem popular no mercado falar que determinado carro é “cinco estrelas no teste de colisão”, algo muito estimulado pelas próprias fabricantes com seus modelos bem pontuados nos testes do Latin NCAP. Essa pontuação é obtida por meio de testes que seguem um padrão de legislação e critérios de consumidores, nos quais os veículos são colocados à prova recebendo impactos frontal e lateral em velocidade de 64 Km/h; conforme o desempenho, são aplicadas notas representadas pelo número de estrelas, que vão de 0 a 5.
Aparentemente simples, os valores das estrelas traduzem a capacidade que um determinado automóvel tem para absorver o impacto e garantir proteção aos passageiros. Como explica Antonio Carnielli Jr., gerente executivo de Desenvolvimento de Produto da VW e que comanda o Laboratório de Segurança Veicular da fabricante, “ninguém compra um carro pensando que vai bater; mas, a partir do momento que um acidente acontece, e isso é imprevisível, se o carro envolvido tem cinco estrelas no teste de colisão, a probabilidade de não acontecer nada muito grave é enorme!”.
Entrando mais a fundo, Carnielli, deixa claro que em uma colisão com um carro classificado com apenas uma estrela, o motorista certamente sofrerá traumas profundos, como perfuração no tórax e deverá entrar em coma. “No modelo com duas ou três estrelas, o cenário será aliviado, mas ainda provocará traumas sérios, como luxação e fratura na costela, entre outros. Já no caso do automóvel cinco estrelas, provavelmente o motorista ou o passageiro, se for o caso, sairá andando, no máximo com uma tontura ou coisa assim.”
Ou seja, não há muito o que discutir, o ideal é que todo automóvel alcance as cinco estrelas, condição que garantirá segurança real para os ocupantes. E para quem está procurando um carro novo, é muito importante colocar na lista de análise, qual é a pontuação dele no teste de colisão. Uma preocupação que vai bem além da atenção com a beleza ou a quantidade de itens de conforto que um modelo oferece.
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