Atire a primeira pedra quem ainda não viu um carro parado na rua com muita fumaça sobre o capô! Essa é uma situação ainda bastante comum, apesar de carros e motores muito modernos. Normalmente, isso acontece por um descuido com o sistema de arrefecimento que, além do radiador -- o item mais popular -- conta com o reservatório de expansão, líquido de arrefecimento, válvula termostática, mangueiras, galerias internas, ventiladores, sensores, além da bomba d’água, considerada o coração do sistema, já que é a responsável por fazer circular o líquido refrigerante pelas galerias do motor.

Quando há risco de superaquecimento, rapidamente o carro apresenta algum sintoma. O primeiro alerta deve vir do painel de instrumentos, quando o medidor de temperatura atinge a faixa vermelha, sinal de que a temperatura ideal de trabalho foi ultrapassada. Nessa situação, não há o que pensar: deixe o motor esfriar e procure logo o apoio de um profissional.

Como explica Cesar Alves, diretor da Sady Retífica de Motores, o nível baixo ou a falta do líquido refrigerante sãos os primeiros responsáveis pelo superaquecimento. “O sistema é todo selado, bem protegido; então, quando você percebe que está faltando líquido refrigerante, normalmente é algo provocado por vazamentos nas mangueiras, no radiador, reservatório de expansão, nos selos do bloco e até na bomba d’água”. Além disso, destaca Cesar, o superaquecimento pode ocorrer pela falta de circulação do líquido dentro do sistema, coisa que pode acontecer por falha da bomba d’água: “Geralmente é um defeito na correia de acionamento da bomba ou a válvula termostática que não abre”.

De torneira, não!

Fique atento também se há sinais de ferrugem no líquido de arrefecimento, pois pode ser resultado de alguns descuidos ou vícios antigos, como o hábito de utilizar água de torneira para completar o nível do reservatório de expansão. “O primeiro erro de quem tem problemas de superaquecimento é esquecer dos prazos de manutenção e que estão indicados no manual do proprietário. Tem gente que erra feio por achar que pode usar água de torneira; e não adianta esperar aparecer ferrugem no reservatório para então procurar o mecânico”, destaca Cesar Alves.

Lembre que os atuais sistemas de arrefecimento são projetados para funcionar com uma mistura de água desmineralizada e um aditivo específico, sempre na proporção correta definida pela fabricante. Quem não respeita e coloca água de torneira, abre a porta para a contaminação. O resultado imediato é a necessidade de uma revisão geral e com grandes chances de ter que substituir os principais componentes, o que certamente vai gerar uma conta alta na oficina. Como tudo no automóvel, a manutenção preventiva é a ação básica que pode garantir vida longa e segura aos componentes do sistema de arrefecimento. E, com perdão do trocadilho, esse é o melhor jeito para você não esquentar a cabeça!

Agradecimento: www.sady.com.br