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GNV fica competitivo, mas riscos aumentam

Escrito por Fernando Calmon

31 de Março de 2022 às 00:01
Cruzeiro do Sul [email protected]
O GNV é seguro, desde que regularizado e com as inspeções em dia.
O GNV é seguro, desde que regularizado e com as inspeções em dia. (Crédito: ARQUIVO JCS (29/11/2012))

Sempre que há um reajuste mais forte nos combustíveis para automóveis (gasolina e etanol), como ocorre agora, aumenta a procura por kits de gás natural veicular (GNV). Não se trata propriamente de uma conversão porque não há mudanças de grande extensão nos motores a gasolina ou flex. Por outro lado, há necessidade de respeitar as normas técnicas e seguir toda a legislação para uma instalação segura.

O cálculo para saber se vale a pena o investimento depende da quilometragem anual percorrida. No caso de táxis e carros de aplicativo que costumam rodar 50.000 km/ano a economia chega a R$ 15.000 em 12 meses: uma vantagem financeira de peso.

Quanto aos demais motoristas é preciso fazer contas. Um kit GNV instalado e legalizado custa hoje em torno de R$ 5.000 e cada inspeção anual, R$ 300. Há ainda uma inspeção especial a cada cinco anos. Trata-se de um teste hidrostático para avaliar a integridade do cilindro e o preço fica em torno de R$ 350. Em relação aos incentivos, há um desconto de 62% no IPVA, no Estado do Rio de Janeiro, mas no Estado de São Paulo é bem menor, 25%, semelhante a outros Estados.

Aos preços médios atuais do GNV, em torno de R$ 5,00/m³, os vendedores de kit GNV estimam que é vantajoso a instalação para quem roda em torno de 25.000 km/ano. Não se trata de regra exata, pois há outros custos envolvidos. O peso adicional dos cilindros reflete na durabilidade de pneus, molas e amortecedores e isso precisa ser levado em conta.

Na venda do carro usado há uma tendência de desvalorização maior, quando o cilindro é retirado para colocação em outro veículo. Os furos de fixação na estrutura ficam e os lojistas de veículos usados costumam depreciar.

Outro problema é o número elevado de carros sem regularização, segundo a Associação Nacional dos Organismos de Inspeção. Pesquisa feita nos 37 maiores postos de GNV na Grande São Paulo indica que 70% dos 3.000 veículos que abasteciam não tinham registro no Renavam. A checagem obrigatória não ocorre em muitos casos porque a inspeção avalia o veículo como um todo e quem tem alguma pendência teme ser reprovado.

Na medida que esses veículos envelhecem os riscos de explosão ao abastecer aumentam, se as inspeções deixarem de ser feitas.

Alta Roda

ECLIPSE CROSS 2023 chega com modificações estéticas que corrigem pontos polêmicos da versão anterior. Conjunto óptico frontal ficou melhor com a DRL em posição mais alta. Foi eliminado o vidro-espia da tampa do porta-malas. Apesar de o volume deste ter decrescido de 473 litros para 451 litros, o formato agora permite acomodar melhor a bagagem, argumenta a Mitsubishi. Para-choques novos alongaram o comprimento total em 14 cm (agora, 4,54 m). Na versão de topo a central multimídia JBL tem apenas 7 pol. Pacote de segurança ativa inclui mitigação de colisão frontal. Preços: R$ 186.990 a 232.990.

EM CADA GERAÇÃO (esta é a sexta) o Mercedes-Benz Classe C perde sisudez e aposta na esportividade. O C 200 AMG Line ganhou 2,5 cm na distância entre eixos, melhorando o espaço interno. Interior foi totalmente renovado com destaques para a central multimídia de 11,9 pol. e quadro de instrumentos digital. No dia a dia o motor 1,5 turbo de 204 cv entrega desempenho um pouco abaixo do desejável nessa faixa de preço, embora a relação peso-potência de 8,1 kg/cv seja razoável para uma versão de entrada (no C 300, 258 cv e 6,5 kg/cv). Comportamento em curvas, freios e precisão de direção, impecáveis.

www.fernandocalmon.com.br