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Em busca da liderança

Com nova S10 Z71, Chevrolet quer atrair público jovem

18 de Novembro de 2021 às 00:01
Cruzeiro do Sul [email protected]
Os faróis com luzes de LEDs com máscara negra e a grade preta conferem aspecto aventureiro.
Os faróis com luzes de LEDs com máscara negra e a grade preta conferem aspecto aventureiro. (Crédito: DIVULGAÇÃO)

A Chevrolet S10 Z71 é a nova aposta da GM para reforçar a picape média na busca pela recuperação da liderança de vendas no Brasil. Com preço sugerido de R$ 260.490, a novidade foi posicionada como opção intermediária da linha com motor 2.8 turbodiesel -- a LS, de entrada, tem tabela inicial de R$ 221.490 e a de topo, High Country, parte de R$ 280.390.

Como o pacote Z71 é meramente estético, a missão da nova versão é conquistar consumidores jovens. Isso fica claro no slogan “Feita ‘pra’ toda aventura” e na escolha do Pantanal do Mato Grosso do Sul como palco para o test-drive.

Afinal, trata-se de um ótimo cenário para fotos postadas no Instagram e vídeos feitos no TikTok. Durante o evento, que não teve trechos de off road pesado, a S10 Z71 fez bonito.

Nesse sentido, colaboram os faróis com luzes de LEDs com máscara negra e a grade preta. O mesmo tom está nas capas dos retrovisores, no centro do para-choque dianteiro e nos apliques de plástico nas caixas das rodas.

Os pneus 265/60 R18 são para todo terreno. As rodas de liga leve de 18 polegadas são iguais às da versão LTZ, a próxima na linha ascendente da S10. Porém, são pintadas de preto. Há ainda estribos laterais, santantônio e capota marítima.

Há adesivos decorativos na parte inferior das laterais e da tampa traseira. Bem como a inscrição Z71 e 4x4 dos dois lados da caçamba. Aliás, a identificação da versão, em tom vermelho, também está no lado direito da grade dianteira.

Na cabine, o acabamento é baseado no da versão LT, cuja tabela é de R$ 248.990. Porém, há várias exclusividades. É o caso de apliques no painel e dos revestimentos pretos das portas e console. O volante (multifuncional) e os bancos, que têm alguns detalhes exclusivos, são revestidos de couro.

Porém, não há ajuste elétrico nem para o do motorista. E a coluna de direção não tem regulagem de profundidade - há apenas de altura. O painel é similar ao da versão LT.

A base mecânica é igual à das demais versões. Ou seja, motor 2.8 de quatro cilindros turbodiesel de 200 cv de potência e 51 mkgf de torque, além de câmbio automático de seis marchas e tração 4x4.

O único ajuste importante foi feito na eletrônica. Conforme a GM, o motor da Z71 tem a mesma programação da High Country. Por isso, com um litro de diesel elas rodam 8,3 km na cidade e 10,6 km na estrada, em média. E aceleram de 0 a 100 km/h em 10,1 segundos.

A maior parte da avaliação foi feita em rodovias asfaltadas. E as poucas estradas de terra eram muito bem conservadas. Como não enfrentamos nenhum desafio difícil, acionamos o 4x4 (por botão no console) apenas para dar mais aderência sobre piso arenoso.

No mais, a S10 Z71 tem bom isolamento acústico e suspensão um pouco mole. Porém, em nenhum momento a picape balançou muito ou apresentou tendência de escapar em curvas, por exemplo.

O motor é elástico em alta rotação e o torque surge a partir das 2 mil rpm, segundo dados da GM. Na prática o turbo lag (atraso na resposta) é perceptível sobretudo em retomadas bruscas de aceleração. Mas isso não chega a ser um problema. Basta algumas voltas para o motorista se acostumar com essa particularidade. (Estadão Conteúdo)