Buscar no Cruzeiro

Buscar

Motor

‘Sessentão’, Mini Cooper esbanja jovialidade

Carro incorporou inúmeras novidades tecnológicas no decorrer das décadas

21 de Outubro de 2021 às 00:01
Estadão Conteúdo [email protected]
Criado para ser barato, prático e econômico, o Mini Cooper é hoje um carro bonito, moderno e sofisticado.
Criado para ser barato, prático e econômico, o Mini Cooper é hoje um carro bonito, moderno e sofisticado. (Crédito: DIVULGAÇÃO)

Em 1957, a Inglaterra tentava se reerguer da Guerra enquanto enfrentava a crise do Canal de Suez. Foi nesse época que o projetista Alec Issigonis recebeu da British Motor Corporation a missão de criar um carro que pudesse levar quatro adultos, gastasse pouco combustível, fosse compacto e barato. Assim, no fim de 1959 chegava às ruas o Austin Mini, hatch que se destacava por se pequeno e prático. Considerando seus cerca de 3 metros de comprimento, o carrinho oferecia conforto e comodidade. Sobretudo por causa dos vários porta-objetos.

Em 1961, o engenheiro e construtor John Cooper implementou várias melhorias no modelo para competir em ralis. A Cooper já era uma potência na Fórmula 1 -- foi campeã em 1959 e 1960 -- e tinha pilotos brilhantes como Stirling Moss, Jack Brabham e Bruce McLaren.

Entre os resultados da parceria de Issigonis e Cooper, o motor do Mini cresceu de 848 cm³ para 997 cm³. A potência, que aumentou de 37 cv para 55 cv, era mais do que suficiente para garantir ótimo desempenho ao hatch, que pesava 600 kg.

O pequeno entre-eixos e as rodas fixadas nas extremidades da carroceria para aumentar o espaço interno ajudavam a vencer as curvas com facilidade. A enorme estabilidade fez surgir a expressão “Go-Kart Feeling”.

Pequeno, mas valente, o modelo fez seu nome nos ralis da década de 60. - DIVULGAÇÃO
Pequeno, mas valente, o modelo fez seu nome nos ralis da década de 60. (crédito: DIVULGAÇÃO)

Uma nova intervenção de Cooper resultou em um motor de 1.071 cm³ e 70 cv. O Mini passou a dominar o Rali de Monte Carlo e a vitória da dupla Paddy Hopkirk e Henry Liddon, em 1964, reverberou em todo o Reino Unido. Hopkirk recebeu felicitações do governo britânico e até uma mensagem dos Beatles.

No ano seguinte, Timo Mäkinen e Paul Easter levarem o novo Mini Cooper S com motor 1.3 de 90 cv à vitória. Habituado a correr no gelo, o finlandês foi o único piloto que não cometeu nenhuma penalidade na prova. Outras vitórias vieram em 1966 e 1967. E o Mini continuou sua trajetória de sucessos tanto nas pistas quanto fora delas.

Na virada do século, a alemã BMW comprou a Mini e apresentou novos modelos no Salão de Paris de 2000. O hatch original, criado em ralis, deu lugar a um carrinho urbano e sofisticado. O desenho clássico foi repensado, mas não esquecido.

A evolução não parou e agora a Mini também investe em carros eletrificados. Aliás, o Mini Cooper S elétrico chegou ao Brasil em março com a promessa de rodar 234 km por R$ 30. A marca se baseou no custo da energia elétrica em São Paulo.

O modelo feito na Inglaterra tem baterias de íons de lítio de 32,6 kWh e motor elétrico que gera o equivalente a 184 cv de potência e 27,5 mkgf de torque instantâneo. O preço sugerido no País é de R$ 264.999. (Estadão Conteúdo)

Galeria

Confira a galeria de fotos