Após o Tiguan Allspace, o T-Cross e o Nivus, a Volkswagen conseguiu encaixar mais um SUV no País. Trata-se do Taos, com tabela entre R$ 155.585 e R$ 191.060, na série especial Launch Edition. Sem revelar números, a marca alardeia que as unidades oferecidas na pré-venda se esgotaram em apenas 7 minutos. Seja como for, o SUV feito na Argentina custa mais que rivais como o Corolla Cross e Compass.

Portanto, a missão do Taos não será fácil. A seu favor, pesam o amplo espaço interno, as avançadas soluções eletrônicas de segurança e conforto, e o bom conjunto mecânico. Embora também não ofereça motor a diesel, uma exclusividade do Compass no segmento, nem sistema híbrido, como o Corolla Cross, o VW não decepciona. E traz o bom e velho conhecido 1.4 flexível turbo.

Batizado de 250 TSI (o número é alusivo ao torque, de 250 Nm), esse 4 cilindros está também no T-Cross e no Nivus. Bem como nas versões esportivas (GTS) do hatch Polo e do sedã Virtus. No teste, o 250 TSI faz bonito, sobretudo porque o torque máximo está disponível a partir das 1.500 rpm. Trocando em miúdos, o SUV acelera bem tanto em saídas de semáforo quanto em retomadas de velocidade, garantindo segurança em ultrapassagens em estradas, por exemplo.

Colabora com as boas respostas o câmbio automático de seis velocidades. Quem prefere uma pegada mais apimentada pode fazer trocas manuais de marcha por meio de aletas atrás do volante. Na prática, o Taos pode acelerar de 0 a 100 km/h em 9,3 segundos e chegar a 194 km/h, de acordo com dados da marca.

Com peso de 1.420 kg em ordem de marcha, o VW é mais leve que o rival da Jeep, que tem peso de 1.527 kg nas versões com o novo motor 1.3. Além disso, a direção com assistência elétrica do Taos é bem direta. Como na maioria dos modelos do segmento no Brasil, a tração é no eixo dianteiro. Não há 4x4 nem mesmo como opcional.

O isolamento acústico é bom. Mesmo ao pisar com força no acelerador, praticamente não se ouve o ruído do motor. Aliás, o SUV também foi bem nas curvas e ficou firme na trajetória, mesmo em piso molhado. O mérito é da boa calibração do controle de estabilidade, bem como a suspensão independente nas quatro rodas. Na frente o sistema é do tipo McPherson e atrás, Multilink.

Eletrônica avançada

Por meio do sistema multimídia batizado de VW Play, que tem tela de 10,1 polegadas sensível ao toque e memória interna de 10 GB, é possível escolher entre quatro opções de modos de condução. Ou seja: Eco, Normal, Sport e Individual. Conforme o tipo ativado, mudam parâmetros de funcionamento do motor, câmbio e direção, por exemplo. Assim, há diferenças no consumo e até na iluminação da cabine. No total, há dez opções de cor.

Porém, diferentemente do Compass, o VW não oferece wi-fi nativo. Por outro lado, um radar na dianteira permite ajustar os faróis de LEDs automaticamente. Além disso, há recursos de segurança como o controle adaptativo de cruzeiro (ACC) e o sistema stop&go.

Ou seja, o SUV pode acelerar e frear sozinho, de modo a acompanhar o veículo à frente. Bem como desligar e religar o motor em paradas de semáforo, por exemplo, automaticamente. O objetivo é reduzir o consumo.

Há também frenagem automática de emergência, acionada quando o carro “percebe” a presença de pedestres à frente ou em caso iminente de risco de colisão frontal. Outro recurso é o que aciona os freios após um primeiro impacto. Isso reduz, significativamente, os danos em acidentes. A lista inclui ainda detectores de tráfego cruzado na traseira, útil em saídas de vagas estreitas. Bem como sensor de fadiga do motorista, controle eletrônico de tração, assistente de partida em rampas e bloqueio do diferencial. Outros destaques são o volante multifuncional, igual ao Nivus e Golf 8, e o painel digital configurável (tela de 10,25’).

De todo modo, a cabine é ampla e permite acomodar cinco pessoas. A distância entre os eixos é de 2,68 metros e o porta-malas tem 498 litros de capacidade. Ou seja, são, respectivamente, 4 cm e 88 litros a mais do que no Compass, segundo dados das fabricantes. (Da Redação)