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Saúde

Unimed é referência em transplantes

22 de Setembro de 2018 às 14:09

Unimed é referência em transplantes

A Unimed Sorocaba também realiza os procedimentos por meio do Sistema Único de Saúde. Crédito da foto: Fábio Rogério / Arquivo JCS

O Hospital Unimed de Sorocaba Dr. Miguel Soeiro é referência regional desde 2002 em transplantes ósseos, de fígado, rins, pulmões, médula óssea, coração e córneas. Em 16 anos, foram realizados ao todo 1.049 transplantes, de acordo com o coordenador do setor, o médico Renato Hidalgo. A unidade hospitalar também realiza os procedimentos por meio do Sistema Único de Saúde (SUS). Para se ter uma ideia, somente neste ano, até a última quarta-feira (19), houve registro de 29 transplantes de fígado, sendo 27 deles via SUS. “Temos uma equipe pronta 24 horas por dia, sete dias por semana, para retirar órgãos em qualquer lugar do Brasil. E também retiramos para outros hospitais, por meio de parcerias”, cita Hidalgo.

Unimed é referência em transplantes

Renato Hidalgo: medicamentos reduzem a rejeição. Crédito da foto: Fábio Rogério / Arquivo Pessoal (18/7/2017)

Segundo o coordenador, os órgãos mais difíceis de conseguir são coração e pulmões. “Depende que o doador seja mais jovem, tenha sido mantido pouco tempo em UTI e há pouco tempo para retirar e implantar”, comenta. Em relação à rejeição de órgãos, Hidalgo explica que atualmente a situação é menos comum, principalmente por conta dos medicamentos mais eficazes para o período pós-cirúrgico. Sobre o tabu ainda existente no que se refere à doação, o médico opina: “Acho que é mais desconhecimento da população do que falta de vontade. E a estrutura hospitalar ainda não é a que acreditamos ser a ideal. Faltam muitos leitos de UTI no Brasil inteiro, e na região não é diferente. E a doação de órgãos, em geral, aparece em ambientes de UTI.”

Conforme Hidalgo, o dia a dia de trabalho até ultrapassa a questão profissional. “É muito gratificante o nosso trabalho. Trabalhamos com pacientes muito graves e infelizmente é um recurso (transplante de órgãos) que não está ao controle das nossas mãos. Não tenho como prontamente oferecer o tratamento, não tenho um órgão a qualquer hora do dia, da noite. Então cria-se um vínculo muito grande com as famílias, que confiam no trabalho”, explica.

Esse é um assunto, a espera, que o dr. José Delfino, diretor clínico da Unimed ressalta, entre outros aspectos. “Às vezes o paciente sente que a sua vez não vai chegar, dependendo do tipo de transplante que deverá receber.” No entanto, ressalta o diretor clínico “é preciso não ‘furar filas’ como já aconteceu antes. A cada dia o sistema está melhorando e se aperfeiçoando e cada paciente deve respeitar o direito do outro”.

Conscientização

Unimed é referência em transplantes

José Feliciano Delfino: conscientização é importante. Crédito da foto: Arquivo JCS

Delfino também destaca a necessidade de conscientizar ainda mais a sociedade como um todo sobre a importância das doações de órgãos. “‘É preciso respeitar as crenças de cada um mas temos que, enquanto sociedade, insistir que a doação é também uma forma de caridade e - porque não? - de religiosidade ao fazer o bem ao próximo.”

Por fim, o médico destaca que a doação pode acontecer questões menos trágicas. “Não é preciso uma fatalidade para ser doador e fazer diferença para muita gente. Leite, sangue, medula óssea, córneas, rins, parte do fígado podem ser doados. Tudo isso é parte de uma boa dose de conscientização que pode começar nas escolas. A doação é um ato de humanidade que pode dar a um outro a oportunidade de curar-se. Uma criança que aprende sobre doação de órgãos torna-se um adulto menos resistente a dogmas”, completa Delfino. (Da Redação)

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