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Futebol Feminino do Brasil rumo a 2026: calendário e desafios para um novo ciclo
O futebol feminino brasileiro vive um momento decisivo. Após um ciclo olímpico intenso e uma participação que deixou sensações diversas nos Jogos anteriores, a Seleção Feminina entra em um novo período de preparação com foco em 2026, um ano crucial que inclui competições importantes, ajustes estruturais e perspectivas de renovação. A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) tem buscado fortalecer o calendário, ampliar a competitividade e oferecer melhores condições para que o time nacional chegue aos torneios internacionais em seu melhor nível.
O ano de 2026 carrega expectativas principalmente por conta das competições da FIFA e da Conmebol que influenciam a preparação da equipe, além de confrontos amistosos e janelas internacionais fundamentais para a construção de uma equipe sólida, como pode saber mais com as melhores apostas acumuladas do dia.
Um ano marcado por preparação e organização
O calendário da Seleção Brasileira Feminina para 2026 inclui compromissos que serão decisivos para o fortalecimento do elenco e da comissão técnica. As janelas internacionais da FIFA, conhecidas como FIFA Dates, serão aproveitadas para amistosos contra seleções de alto nível, algo que tem sido uma das principais estratégias adotadas pelas potências mundiais do futebol feminino. Esses confrontos permitem avaliar jogadoras, testar formações e ajustar o modelo de jogo.
Além disso, 2026 será um período de preparação intensa para a próxima edição da Copa América Feminina, competição que garante vaga na Copa do Mundo e nos Jogos Olímpicos. Embora a Copa América ocorra em 2027, o ciclo preparatório se estende ao longo de todo o ano anterior, com ênfase na combinação entre renovação e experiência.
Mudanças no futebol feminino em 2026
Brasileirão Feminino
A partir de 2026, o Brasileirão Feminino ficará mais longo e competitivo. O campeonato contará com duas equipes a mais, passando de 16 para 18 clubes, o que elevará o número total de partidas para 167 jogos. As rodadas seguirão um calendário padrão, com disputas previstas para quartas-feiras e domingos.
Outra novidade é o aumento da premiação. Tanto o clube campeão quanto o vice receberão valores maiores e, além disso, ambos passarão a ter vaga direta garantida na Libertadores Feminina.
Copa do Brasil Feminina
A competição também sofrerá alterações importantes. A partir de 2026, as fases decisivas, quartas de final, semifinal e final, serão disputadas em jogos de ida e volta, aumentando o número de partidas e a emoção do torneio.
Com esse novo formato, a Copa do Brasil Feminina terá um total de 72 confrontos, com datas base reservadas para quintas-feiras e domingos.
Supercopa Feminina
A Supercopa Feminina de 2026 adotará o mesmo modelo utilizado na versão masculina. O torneio será reduzido e reunirá apenas os campeões de 2025: o vencedor do Brasileirão e o da Copa do Brasil. Dessa forma, a competição será realizada em jogo único, decidido em apenas um dia.
Outras mudanças
A CBF anunciou ainda duas iniciativas importantes fora das quatro linhas, visando o fortalecimento da modalidade:
- A partir de 2027, todos os clubes participantes do Brasileirão A1 deverão oferecer vínculo profissional às suas jogadoras;
- Jogadoras lactantes receberão apoio da CBF durante competições oficiais, permitindo que seus filhos viagem junto delas, com custos totalmente custeados pela entidade.
O que significa este novo calendário
Anunciada nos primeiros seis meses da gestão do presidente Samir Xaud na CBF, a reformulação do calendário do futebol feminino é tratada como uma pauta estratégica para impulsionar e consolidar a modalidade, especialmente às vésperas da Copa do Mundo de 2027, que será sediada pelo Brasil. Assim como ocorre com outros temas sensíveis do futebol nacional, o novo calendário foi desenvolvido de forma coletiva, com contribuições de especialistas, clubes, federações, atletas e do próprio corpo técnico da CBF.
O presidente da CBF, Samir Xaud, esteve presente no evento e ressaltou que todo o processo de elaboração do novo calendário foi concebido com o objetivo de assegurar ao futebol feminino o protagonismo que ele merece. “Assim como fizemos no futebol masculino, passamos os últimos meses analisando e estudando oportunidades de melhorar o calendário e o fomento do futebol feminino. Ouvimos especialistas, federações, clubes e jogadoras. E chegamos a um modelo que atende a demandas importantes, colocando o futebol feminino brasileiro onde merece estar. Vamos mexer em toda a estrutura das nossas competições, aumentando o número de clubes e de jogos nas séries A1, A2, A3 e na Copa do Brasil, competição que estava abandonada e que foi resgatada neste ano”, disse à CBF.
O que esperar da Seleção Brasileira em 2026
O Brasil entra em 2026 com ambições renovadas. O trabalho desenvolvido nos últimos anos indica um caminho promissor, embora ainda existam desafios importantes, como a busca por maior competitividade e a evolução tática frente às seleções europeias, que vêm dominando o cenário internacional.
Com um calendário forte, confrontos relevantes e uma comissão técnica focada em evolução contínua, a Seleção Feminina tem tudo para construir uma trajetória sólida rumo às competições futuras. O torcedor brasileiro pode esperar um ano de testes, ajustes e evolução, passos fundamentais para que a equipe volte a figurar entre as grandes forças do futebol mundial.