Buscar no Cruzeiro

Buscar

Lei

O impacto da LGPD na contratação de terceiros: riscos, obrigações e soluções

26 de Novembro de 2025 às 08:29
Marketing [email protected]
.
. (Crédito: Divulgação)

A Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) é um elemento essencial na conformidade empresarial. Em um mercado como o brasileiro, que há décadas utiliza a terceirização para reduzir custos e focar no core business, a lei reforçou a responsabilidade mútua entre empresas e fornecedores no tratamento e na proteção de dados pessoais. Se antes a gestão de fornecedores se concentrava em riscos trabalhistas e de segurança do trabalho (SST), hoje ela é essencial na governança de dados.

A terceirização cria um ecossistema em que os dados pessoais de clientes, colaboradores próprios e funcionários de fornecedores se expandem além das fronteiras corporativas, dificultando o controle e ampliando os desafios de proteção. Dessa forma, uma gestão que não integra a conformidade com a LGPD às já complexas normas de SST não é apenas ineficiente, mas representa um grande risco. Nesse contexto, a tecnologia deixa de ser um mero suporte e se torna essencial. É aqui que soluções de ferramentas de gestão de terceiros como o caso da BMS Tecnologia se destacam, oferecendo ferramentas que automatizam e tornam mais eficaz o controle que seria inviável realizar manualmente.

Entendendo a LGPD e sua relação com a terceirização

. - Divulgação
. (crédito: Divulgação)

O ponto central da relação entre a LGPD e a terceirização está no princípio da responsabilidade compartilhada. A lei é clara: tanto a empresa contratante (a Controladora) quanto a empresa fornecedora (a Operadora) respondem conjuntamente pelo tratamento adequado dos dados pessoais.

Por exemplo, se um parceiro de manutenção armazenar Atestados de Saúde Ocupacional (ASOs) de forma insegura e ocorrer um vazamento desses dados sensíveis, a responsabilidade jurídica e eventuais sanções também podem recair sobre a empresa Controladora, mesmo que a falha operacional tenha sido do terceiro.

Dessa forma, a confiança mútua já não é suficiente. As obrigações legais atuais exigem uma postura ativa da contratante, que deve incluir cláusulas específicas de proteção de dados (DPAs) nos contratos, realizar due diligence para avaliar a maturidade do fornecedor em privacidade e exercer o direito e o dever de auditar seus parceiros.

Principais riscos e desafios na contratação de terceiros

. - Divulgação
. (crédito: Divulgação)

Dentro dessa nova forma de gestão de terceiros, surge um grande desafio: a sobreposição dos riscos, que deixam de ser isolados. Um único documento vencido pode representar uma ameaça em diversos níveis. E esse erro é mais comum do que se imagina.

Imagine, por exemplo, um certificado de NR35 (Trabalho em Altura) expirado. Para o gestor de Segurança do Trabalho, trata-se de um risco iminente de acidente e passível de multas regulatórias. Para o gestor de contratos, é uma falha de conformidade contratual. Já para o DPO (Encarregado de Proteção de Dados), o armazenamento incorreto desse mesmo documento configura uma violação da LGPD. Ou seja, uma falha pontual, quando analisada sob diferentes perspectivas, transforma-se em uma tripla ameaça.

O problema se agrava pela dependência de métodos arcaicos ainda comuns na gestão de terceirizados, mesmo em uma era em que a tecnologia avança a cada dia. Quando uma organização tenta administrar centenas de fornecedores e milhares de documentos (ASOs, EPIs, NRs, certidões) por meio de planilhas manuais ou trocas de e-mails, não está apenas sendo ineficiente, está ampliando ativamente sua exposição ao risco. Esses processos descentralizados favorecem o erro humano, a perda de prazos e a ausência de rastreabilidade em eventuais auditorias.

Como garantir conformidade com a LGPD na gestão de terceiros

A solução não é e nem nunca foi aumentar a burocracia, mas sim otimizar o gerenciamento. Garantir a conformidade requer uma mudança de uma gestão passiva para uma gestão ativa, algo viável apenas com o apoio da tecnologia.

Com isso, a adoção de plataformas e softwares de gestão terceirizadas se torna uma ação prioritária. É nesse ponto que entram parceiros como a BMS Tecnologia, oferecendo soluções para ambientes corporativos. Ao automatizar a coleta e a validação de documentos, emitir alertas inteligentes de vencimento e manter um repositório seguro e auditável, esse tipo de ferramenta facilita muito o controle de dados, substituindo as planilhas vulneráveis e assegurando uma segurança jurídica quase inexistente no controle manual.

O papel da tecnologia na conformidade e segurança de dados

. - Divulgação
. (crédito: Divulgação)

A transformação digital aplicada à gestão de fornecedores simplifica a adequação à LGPD e, ao mesmo tempo, fortalece o controle sobre a Segurança do Trabalho. As funcionalidades modernas dessas plataformas, como a automatização da coleta documental, os alertas de vencimento, a gestão integrada de treinamentos obrigatórios e até o reconhecimento facial para a entrega segura de EPIs, criando um sistema de controle interligado.

Destacam-se como principais vantagens a rastreabilidade total de acessos aos documentos, a drástica redução de falhas humanas e a garantia de que apenas colaboradores (próprios ou terceiros) devidamente certificados e em conformidade estejam em operação. Para setores de alta complexidade e rotatividade, como indústria, agronegócio, construção pesada, farmacêutica e autopeças, essa eficiência na gestão deixa de ser uma opção e passa a ser uma condição essencial de operação.

Conclusão

No fim das contas, a LGPD não criou um problema novo, apenas iluminou riscos que já existiam na gestão de terceirizados. Alinhar a gestão de fornecedores às exigências de proteção de dados e às normas de Segurança do Trabalho tornou-se essencial na governança corporativa. Muitos pensam que o calcanhar de aquiles é a LGPD, mas na verdade o maior problema é a imaturidade dos processos internos. Apagar incêndios muitas vezes é mais importante do que promover avanços reais na gestão de terceirizados.

Empresas que enxergam esse desafio como uma oportunidade de digitalizar e fortalecer seus controles não estão apenas evitando multas ou reduzindo passivos trabalhistas; estão construindo operações mais seguras, transparentes e resilientes para o futuro. O convite, portanto, é para fortalecer a governança de dados e a segurança do trabalho por meio da tecnologia.

Galeria

Confira a galeria de fotos