Hora de voltar
Gestão emocional nunca foi tão necessária
A volta ao escritório após o período de trabalho remoto pode dificultar o controle das emoções
Depois de um ano e meio em trabalho remoto, o segundo semestre de 2021 reserva uma mudança na rotina de muita gente: a volta para o escritório. Além do translado diário da casa para o trabalho, existe um outro aspecto que preocupa muitos trabalhadores, é preciso voltar a conviver pessoalmente com os colegas e superiores. Nessa retomada, a habilidade profissional que mais ganha destaque é a inteligência emocional.
“Inteligência emocional é um processo que desenvolvemos em nossa vida para aprendermos a lidar com as emoções próprias e, desta forma, lidar com os sentimentos das outras pessoas para desenvolver um melhor relacionamento”, explica Paulo Paiva, empresário e diretor executivo da Contexto Gestão Empresarial, empresa especialista em comportamento humano e organizacional. “O tempo no qual as habilidades técnicas contavam mais do que a capacidade de se relacionar com as pessoas no trabalho já foi”.
Quem precisou passar pela experiência de voltar ao escritório recentemente foi o publicitário Leonardo Antunes. Depois de seis meses afastado do trabalho, por conta da fase emergencial do Plano São Paulo, o publicitário voltou, em maio, para agência onde trabalha, em Sorocaba. “A pressão no presencial é bem maior”, revela Leonardo. “Em casa, a gente tem mais espaço para espairecer, para gesticular. Isso alivia a tensão do trabalho.”
Leonardo não está sozinho nessa volta à rotina. Segundo um levantamento realizado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), desde o fim do ano passado, cada vez menos pessoas continuam em home office. O estudo apontou que o número de funcionários em trabalho remoto, em novembro de 2020, era de 7,3 milhões no Brasil, uma redução de aproximadamente 260 mil em relação ao mês de outubro (7,596 milhões).
Já o levantamento desenvolvido pela consultoria global KMPG mostrou que 46% das empresas brasileiras pretendem retornar efetivamente este ano. Ou seja, está chegando a hora de passar as camisas e calçar os sapatos.
Liderança precisa ficar atenta
Se a inteligência emocional pode fazer a diferença para os cargos operacionais, os profissionais em posições de gerência precisam estar ainda mais atentos à habilidade nesse cenário. Além de auxiliar no controle das próprias emoções, o conceito engloba importante questões, como a empatia, uma competência fundamental para os líderes modernos.
“Um dos pilares da inteligência emocional é o autocontrole, a empatia e o talento para trabalhar em grupos. Habilidades que são cada vez mais necessárias no ambiente de trabalho”, esclarece Paulo Paiva. “Um gestor com inteligência emocional consegue lidar com as pressões e desafios do cotidiano, o que garante o direcionamento das suas equipes com mais assertividade.”
Para aprender em casa
Quem está inquieto com a possível volta à rotina tradicional, uma das possibilidades é já começar a trabalhar o desenvolvimento da mente. Assim, é possível compreender e desenvolver as habilidades necessárias antes mesmo de pisar no escritório.
“Todo e qualquer processo emocional pode ser melhor entendido e desenvolvido”, esclarece Paulo. “A inteligência emocional pode ser aprimorada diariamente. Observe e analise seu próprio comportamento, controle suas emoções, aprenda a trabalhar as emoções negativas e tente aumentar a sua autoconfiança.”
Uma saída é contar com o auxílio de quem entende do assunto para servir como orientador nesse desenvolvimento. Percebendo essa necessidade, o consultor Paulo Paiva oferece o curso on-line “DNA da Inteligência Emocional”, que está na versão 2.0 e pretende auxiliar na busca pela qualidade de vida. O consultor também indica suas publicações favoritas, como o livro “O Poder do Hábito”, de Charles Duhigg, Editora Objetiva, 2012; e o “Inteligência Emocional”, de Daniel Goleman, Editora Objetiva, 1995. O novo normal está chegando e controlar as emoções vai fazer toda a diferença. (Da Redação)
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